Gestão e Estratégia em Negócios Internacionais

ESTRATÉGIAS INTERNACIONAIS

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A última edição do livro ‘Administração Estratégica e Vantagem Competitiva’ de Barney e Hesterly (2011) lança um olhar sobre como conceber e implementar estratégias internacionais, pois questões de estratégia global tornaram-se cruciais para as empresas.

Estratégias internacionais refletem a noção de que as oportunidades econômicas associadas à operação de múltiplos mercados geográficos são relevantes para competitividade de uma empresa e tratam-se de um caso especial de estratégias corporativas.

As deliberações de uma empresa sobre como obter vantagem competitiva operando em vários negócios formam as suas estratégias corporativas. Entende-se por vantagem competitiva a criação de maior valor econômico por uma empresa em relação aos seus concorrentes.

Empresas podem integrar-se verticalmente, diversificar, estabelecer alianças estratégicas e promover aquisições e fusões. A integração vertical trata do número de estágios da cadeia de valor que uma empresa internalizada. Por cadeia de valor se entende o conjunto de atividades necessárias para se levar um determinado produto ou serviços de uma empresa até seu consumidor final deste a matéria-prima. A diversificação diz respeito à quando uma empresa opera em múltiplos setores ou mercado simultaneamente. As alianças estratégicas existem quando duas ou mais empresas independentes cooperam entre si. Aquisições acontecem quando uma empresa compra outra empresa e fusões quando empresas são combinadas.

De modo geral as estratégias internacionais habilitam uma empresa para explorar oportunidades e neutralizar ameaças. Permitem a obtenção de economias de escopo em uma empresa quando o valor dos seus produtos e serviços aumenta como uma função do número de diferentes negócios em que opera. Usualmente as fontes de economia de escopo para empresas que implementam estratégias internacionais são: a) atingir novos clientes para os produtos e serviços disponibilizados pela empresa, podendo aumentar diretamente seu faturamento; b) obter acesso a fatores de produção (matéria-prima, mão de obra e tecnologia) com custos mais baixos do que a empresa opera normalmente; c) potencializar e/ou diversificar a competência central da empresa a partir de sua exposição a novos contextos competitivos; e d) mitigar riscos associados as operações da empresa ao se posicionar em diferentes mercados.

Em síntese, o valor econômico das estratégias internacionais depende de uma empresa alcançar economias de escopo específicas a partir de seus esforços de internacionalização.

REFERÊNCIAS:

BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S.  Administração estratégica e vantagem competitiva. 3. ed. - São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

 

Sílvio Bitencourt da Silva: Graduado em Administração de Empresas, mestre em educação escola (2006) pela UnC/UNICAMP e mestre (2010) e doutor (2015) em administração de empresas pela Universidade do Vale do Rio do Sinos - UNISINOS. Atualmente é professor assistente do Mestrado Profissional em Direito das Empresas e dos Negócios e exerce a função de coordenador administrativo dos Institutos Tecnológicos da UNISINOS. Tem experiência na área de administração, com ênfase na implantação e avaliação de sistemas e modelos de gestão. Atuou na gestão de instituições de educação profissional e de tecnologia, com ênfase no desenvolvimento de serviços de metrologia, consultoria em processo produtivo e gestão empresarial e projetos de pesquisa aplicada. Suas áreas de interesse são: estratégias interorganizacionais e gestão da inovação (tecnológica e social).

 

12 de setembro de 2017 às 08:44
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