Gestão e Estratégia em Negócios Internacionais

O BRASIL E O TRATADO TRANSPACÍFICO

O BRASIL E O TRATADO TRANSPACÍFICO
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O Tratado Transpacífico foi oficialmente assinado em 5 de outubro de 2015, entretanto suas vertentes remontam do ano de 2005, quando Nova Zelândia, Chile, Cingapura e Brunei firmaram o Trans-Pacific Strategic Economic Partnership (TPSEP), mais conhecido por Pacific Four (P4). Em vigor desde 28 de maio de 2006, conforme registro na Organização Mundial do Comércio (OMC), os quatro países tinham por objetivo estreitar as relações econômicas de bens e serviços entre si.

Em setembro de 2008, por meio do United States Trade Representative (USTR), os EUA demonstraram interesse em participar do P4. Além disso, o país deixou clara a vontade de que outras nações também se juntassem às negociações, indicando um movimento mais amplo de integração da região do Pacífico. Assim, outras três economias juntaram-se às negociações no mesmo ano: Austrália, Peru e Vietnã.

Os oito países, cuja junção passou a ser denominada Trans-Pacific Partnership, realizaram entre março e outubro de 2010 três encontros. O quarto encontro, ocorrido no mesmo ano, contou com a participação do nono membro, a Malásia. No ano de 2011, os nove países reuniram-se por cinco vezes e, durante a reunião ministerial da APEC, em dezembro de 2011, divulgaram um documento com traços do futuro acordo. Com isso, Canadá, México e Japão, demostraram interesse em fazer parte do tratado. Em 2012, Canadá e México foram aceitos. O ingresso do Japão só foi concluído oficialmente em julho de 2013.

Os doze países componentes do TPP estão localizados em quatro continentes: na Ásia (Brunei, Cingapura, Japão, Malásia e Vietnã), na América do Norte (Canadá, EUA e México), na Oceania (Austrália e Nova Zelândia) e na América do Sul (Chile e Peru). Além da geografia, outras características diferem os membros do TPP, como o idioma, a cultura e os níveis de desenvolvimento. Vale ressaltar que, cumprindo uma de suas promessas eleitorais, em 23 de janeiro de 2017, o novo presidente dos EUA, Donald J. Trump assinou um decreto retirando o país do TPP. 

Nos últimos dez anos, a nível mundial, o Brasil exportou pouco mais de US$ 2,0 trilhões e importou US$ 1,8 trilhões Desse resultado, o TPP foi o destino de 23,43% das exportações brasileiras e responsável por 27,51% das importações, conforme estudos realizados pelo Grupo de Pesquisa Gestão e Estratégia em Negócios Internacionais (GENINT/UNESC – Prof. Me. Julio César Zilli e Tamires Patrício). A partir de 2009 o comércio entre o Brasil e os países-membros do TPP apresentou leve crescimento e estabilizou. Em 2015, o TPP participou em 24,66% das exportações brasileiras e 27,93% das importações.

Entre 2007 e 2015, principalmente a partir de 2010, houve um crescimento na participação percentual do TPP na balança exportadora brasileira, saindo de 20,98% para 24,66%, em 2015. Quanto às importações, apesar de apresentarem índices maiores que as operações de venda, sofreram leves oscilações, mantendo o padrão. Aproximadamente um quarto das exportações e um quarto das importações brasileiras foram destinadas ou oriundas dos doze países do TPP, visto que o Brasil mantem relações comerciais com mais de 150 países.

Sob o prisma da cooperação internacional, dos 147 atos internacionais vigentes, o TPP participa com 26 atos (18%). Dos 64 em tramitação apenas 6 (9%) pertencem aos países do TPP e os não vigentes representam 28 (18%) do total de 156 atos.

Verificou-se a importância que o TPP possui no comércio mundial, dado seu caráter pioneiro e também a influência de seus integrantes, principalmente pela participação da hegemonia norte-americana (participação está firmada até janeiro/2017). Também fica evidente o papel do TPP na balança comercial brasileira, já que atualmente aproximadamente 25%, tanto das exportações como das importações, são realizadas com os países-membros do tratado. Novos desdobramentos do TPP estão em discussão, devido à retirada do seu maior participante, os EUA.

Figura capa: Países-membros do Tratado Transpacífico até janeiro/2017 / Fonte: Jornal do Comércio (2016).

Prof. Me. Julio Cesar Zilli - GENINT / UNESC: Mestre em Desenvolvimento Socioeconômico (2015), MBA em Gestão Empresarial (2003), Especialização para o Magistério Superior (2007) pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Professor nos Cursos de Graduação em Administração e Comércio Exterior / UNESC. Na pós-graduação, professor do MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais / UNESC e Gestão da Produção / UNOCHAPECÓ. Líder do Grupo de Pesquisa Gestão e Estratégia em Negócios Internacionais – GENINT / UNESC. Membro do Projeto de Extensão Plano de Negócios junto as vitivinícolas dos Vales da Uva Goethe - Santa Catarina. Tem experiência na área de Administração, com ênfase no Comércio Exterior, atuando principalmente nos seguintes temas: comércio exterior, negócios internacionais, gestão portuária, estratégia, competitividade, inovação, desenvolvimento e políticas governamentais.

 

Por: Julio Cesar Zilli - GENINT 12 de agosto de 2017 às 17:48
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ARTIGO PIDI e GENINT - PRÁTICAS E SABERES DE EXTENSÃO - VOLUME VII

ARTIGO PIDI e GENINT - PRÁTICAS E SABERES DE EXTENSÃO - VOLUME VII
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Os Membros dos Grupos de Pesquisa PIDI (Mestrando Guilherme Spiazzi dos Santos, Prof. Me. Ricardo Pieri, Profa. Dra.Adriana Carvalho Pinto Vieira,  Prof. Esp. Volmar Madeira, Profa. Ma. Michele Schneider e Zeli Felisberto) e GENINT (Prof. Me. Juio Cesar Zilli) possuem um artigo publicado (ATIVIDADE DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NOS VALES DA UVA GOETHE: O PLANO DE NEGÓCIOS DA VINÍCOLA TREVISOL) no Ebook Práticas e Saberes de Extensão - volume VII. Este Ebook foi organizado pelo Prof. Me. Daniel Preve, Prof. Dr. Ismael Francisco de Souza e Profa. Ma, Milla Lucia Ferreira Guimarães. 

Resumo:A italianidade é uma característica bastante forte no sul do estado de Santa Catarina, devido à imigração italiana. Nesta região encontra-se delimitada a primeira Indicação Geográfica do Estado, denominada Indicação de Procedência dos Vales da Uva Goethe (IPVUG), abrangendo os municípios de Urussanga, Pedras Grandes, Cocal do Sul, Morro da Fumaça, Treze de Maio, Orleans, Nova Veneza e Içara. A partir deste universo, o Grupo de Pesquisa Propriedade Intelectual, Desenvolvimento e Inovação (PIDI) propôs um projeto com o objetivo de desenvolver atividades de extensão universitária capacitando produtores rurais – vitivinicultores – na gestão de suas propriedades ou empreendimentos, por meio do desenvolvimento do Plano de Negócio (PN), considerando a agregação de valor aos produtos pela incorporação da IPVUG. Metodologicamente, trata-se de um estudo com característica descritiva e aplicada, quanto aos fins, e bibliográfica, documental e um estudo de caso, quanto aos meios de investigação. Para a coleta de dados, utilizou-se da técnica qualitativa, por meio de dados secundários, primários e entrevistas junto ao proprietário da vitivinícola, com uma abordagem essencialmente qualitativa. A partir dos resultados alcançados pelos trabalhos executados, o empreendedor recebeu um plano para execução para os próximos anos para sua empresa, o que trará, de certa forma, maior autonomia, uma vez que o objetivo foi construir junto com o produtor todas as etapas do PN, discutindo e orientado para a gestão do empreendimento, abrangendo as áreas estratégicas, operacionais, marketing e financeira, com o foco na agrega- ção de valor de produtos e processos utilizados. 

Os GP´s parabenizam os organizadores do Ebook, bem como os membros dos GP´s pelo artigo publicado.

GP´s PIDI e GENINT

 

Por: Julio Cesar Zilli - GENINT / PIDI 19 de julho de 2017 às 10:54
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GP´s GENINT e PIDI - ARTIGOS COMPLETOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS

GP´s GENINT e PIDI - ARTIGOS COMPLETOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS
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Os Grupos de Pesquisa GENINT/UNESC e PIDI/UNESC possuem até o momento (primeiro semestre de 2017) os seguintes artigos completos publicados em períodicos:

1. BOZA, MARCOS SCARABELOT ; VIEIRA, Adriana Carvalho Pinto ; ZILLI, JULIO CESAR . TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA O CAMPO: as inovações em implementos agrícolas na região do Mato Grosso. REVISTA DA UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE, v. 15, p. 547-557, 2017.

Resumo:A agricultura passou por diversas transformações produtivas, impulsionadas pela ciência e tecnologia, bem como pela demanda de alimentos. Este avanço fomentou diversas regiões, inclusive no Brasil, possibilitando a modernização da atividade, principalmente a partir da Revolução Verde. O setor agrícola, em termos de inovação é um mercado promissor, em decorrência do alto número de equipamentos usados, cada um com funções diferenciadas. Decorrente do contexto favorável em relação à expansão e inovação do agronegócio, em especial no cenário estudado, a pesquisa tem como objetivo descrever os benefícios da utilização do rolo-corrente apresentados pelos produtores rurais do Estado do Mato Grosso. O produto, foco do presente estudo, é fabricado por uma metalúrgica situada em Turvo - SC, uma empresa de pequeno porte. A empresa fabrica outros tipos de implementos, mas o seu foco principal é o rolo-corrente, produto com pouco tempo de existência e considerado novo no mercado. Sem registros sobre o mesmo, uma pesquisa para entender a origem e descrever s benefícios seria de grande utilidade. Diante deste cenário, foram analisadas as teorias sobre inovações e implementos, e a partir da aplicação de um questionário, foram identificados os dados sobre a utilização e satisfação do rolo-corrente pelos agricultores. O resultado da pesquisa constatou que todos os entrevistados ficaram satisfeitos com os resultados do implemento e não possuem reclamações. Com estes resultados identificam-se os principais benefícios que o agricultor procura em um implemento, como redução de custos, redução de mão de obra e eficiência no resultado final no uso do produto.

Link do artigo: http://periodicos.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/view/2798

2. BIFF, M. ; ZILLI, JULIO CESAR ; VIEIRA, Adriana Carvalho Pinto ; Garcia, Junior Ruiz . EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO: o perfil da América Latinal. CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES, v. 2, p. 1-16, 2017.

Resumo: As economias que registram baixa competitividade devem buscar formas para o fortalecimento, crescimento e aperfeiçoamento de seus produtos e serviços perante o mercado mundial. Neste sentido, o empreendedorismo pode ser um importante vetor do aumento da competitividade. O objetivo principal deste estudo é analisar o papel do empreendedorismo e da inovação no desenvolvimento da América Latina. A pesquisa foi realizada com base na revisão da literatura, bibliográfica e documental, e em bases de dados. Os resultados apontam que a porcentagem de empreendedores na população da América Latina é maior que em outros países e regiões comparadas, bem como a porcentagem de empresas formais também é elevada. Destaca-se a presença de um número elevado de empresários, mas com ênfase para o gênero masculino. Esses empresários investem mais em negócios informais do que países desenvolvidos, porém, os valores investidos são menores.  Quanto ao perfil de inovação, observou-se que as empresas latinas introduzem produtos novos com menos frequência que as empresas de outras economias similares, a gestão dos empreendedores de alta qualidade é deficitária, as empresas investem pouco em P&D e o investimento em patentes está abaixo do nível de referência.

Link do artigo: http://www.eumed.net/rev/cccss/2017/02/empreendedorismo-america.html

3. CATANEO, D. V. S. ; VOLPATO, D. ; VIEIRA, Adriana Carvalho Pinto ; ZILLI, JULIO CESAR . FATORES DETERMINANTES NA MOTIVAÇÃO DOS COLABORADORES DE UMA EMPRESA FAMILIAR LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE URUSSANGA - SC. FOCO (FACULDADE NOVO MILÊNIO), v. 10, p. 278-296, 2017.

Resumo: Administrar uma organização envolve vários fatores, dentre eles coordenar e gerir pessoas, considerado o fator mais complexo devido a suas individualidades. Uma vez que o sucesso de uma organização depende do esforço empregado por seus colaboradores em atingir seus objetivos, é importante cultivar o grau motivacional de cada colaborador. A motivação é o que impulsiona a força de ação de cada indivíduo, medindo a satisfação ou insatisfação relacionada ao ambiente de trabalho. O presente estudo objetiva identificar os fatores que determinam a motivação dos colaboradores de uma empresa familiar do município de Urussanga - SC. A pesquisa se caracterizou como descritiva e quanto aos meios de investigação como pesquisa bibliográfica e estudo de caso. A coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista gravada e posteriormente transcrita para diagnosticar como é trabalhado o grau motivacional e as expectativas por parte dos seus colaboradores, sendo de caráter qualitativo com perguntas abertas. Ao identificar a percepção em relação aos fatores motivacionais dos colaboradores, foi realizada uma comparação de opiniões segundo a percepção dos colaboradores e gerente da organização. Alguns dos fatores motivacionais identificados foram o reconhecimento profissional, salários e incentivos. Em contra partida, a desmotivação ficou evidente pelo tratamento do proprietário para com os seus subordinados.  Por ser uma pequena empresa familiar com recursos limitados, percebe-se que nenhum investimento ou ações motivacionais são empregados no ambiente de trabalho. Assim, a partir dos resultados obtidos, foram sugeridas propostas para que os colaboradores se sintam motivados em desempenhar suas funções na organização.

Link do artigo: http://www.novomilenio.br/Periodicos/index.php/foco/rt/metadata/341/0

4. SCHNEIDER, M. D. ; ZILLI, JULIO CESAR ; VIEIRA, A. C. P. . OS IMPACTOS DA INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NA PRODUÇÃO DE UVA, NOS MUNICÍPIOS DOS VALES DA UVA GOETHE - SC. CADERNOS DE PROSPECÇÃO, v. 10, p. 327-340, 2017.

Resumo: A região de Urussanga é reconhecida pelo cultivo da uva Goethe, produto com características únicas e reconhecido com a implantação da Indicação de Procedência Vales da Uva Goethe, em 2012. Desta forma, este artigo tem por objetivo analisar os impactos da IPVUG e as contribuições para o desenvolvimento socioeconômico para os produtores de uva Goethe. A metodologia de pesquisa é descritiva, documental com abordagem qualitativa. Utilizou-se fontes secundárias disponíveis no IBGE cidades, considerando a variável temporal de 2004 a 2014, nas cidades pertencentes a IG. Os dados apontam que houve pequeno crescimento da área plantada de uvas. A produção de uvas apresenta variações positivas. Os valores da produção ampliaram consideravelmente. O valor pago pela uva apresenta notória a agregação de valor ao produto, principalmente a partir de 2012. Neste sentido, novos estudos devem ser delineados considerando as contribuições técnicas aos produtores e estender as análises para produção e comercialização do vinho Goethe.

Link do artigo: https://portalseer.ufba.br/index.php/nit/article/view/17928

GENINT / PIDI / UNESC

Por: Julio Cesar Zilli - GENINT 02 de julho de 2017 às 20:20
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INTEGRANTES DO GENINT COM MONOGRAFIAS DESTAQUE 2016-2

A coordenação do Curso de Administração e Administração - Comércio Exterior / UNESC entregou no dia 30.03.2017 os certificados de Monografia Destaque 2016-2.

Na ocasião, integrantes do GENINT - Gestão e Estratégia em Negócios Internacionais (acadêmicos e professores orientadores) foram premiados:

1a. colocação - Tamires Cardoso Patricio com o tema: A dinâmica do Tratato Transpacífico e seus reflexos na balança comercial brasileira. O estudo foi orientado pelo Prof. Me. Julio César Zilli.

2a. colocação - Manuela Perraro com o tema: Os desafios da internacionalização nas especializações de uma instituição de ensino localizada na cidade de Criciúma - SC. O estudo foi orientado pela Profa. Mestranda Débora Volpato.

3a. colocação - Lya Carolinne de Farias com o tema: Contribuições da capacidade absortiva no processo de internacionalização: um estudo multicaso. O estudo foi orientado pelo Prof. Me. Julio Cesar Zilli

3a. colocação - Jaqueline Pereira com o tema: Fatores que influenciam a tomada de decisão para ingressar no mercado internacional. O estudo foi orientado pelo Prof. Me. Julio Cesar Zilli.

Os trabalhos foram desenvolvidos durante as disciplinas de Projeto de Pesquisa e TC I (6a. e 7a.fase).

Desejamoss sucesso aos acadêmicos e professores orientadores.

 

 

 

 

 

Por: Julio Cesar Zilli 07 de abril de 2017 às 17:00
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