Propriedade Intelectual, Desenvolvimento e Inovação

A GESTÃO DE PESSOAS COMO ALICERCE PARA A INOVAÇÃO.

A GESTÃO DE PESSOAS COMO ALICERCE PARA A INOVAÇÃO.
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Maria Izanete Da Rosa Martins

No atual ambiente socioeconômico a inovação é base para o desenvolvimento sustentável e uma das prerrogativas para a competitividade. Não há mais espaço para organizações que tratam a administração de forma empírica, sem método, sem ferramentas que agreguem valor e sem estratégias. Desta forma, organizações que estão em busca do crescimento, vêm a necessidade de mobilizar conhecimento, tecnologia e experiência para criar novos produtos, novos processos, novos serviços e novas formas de utilizar o potencial humano de forma a serem mais competitivas.

Drucker (1989) explica que a organização inovadora compreende que a inovação começa com uma ideia, e estimula e orienta os esforços para transformar uma ideia num produto, num processo, numa empresa ou numa tecnologia. Ela mede as inovações não por sua importância científica ou tecnológica, mas pelo que contribuem para o mercado e para o cliente. 

Para muitos autores reconhecidos no campo da inovação, as organizações derivam o seu sucesso econômico, em maior ou menor grau, do sucesso em introduzir inovações em seus produtos e processos (Tidd, Bessant & Pavitt, 2005). No entanto, diversas organizações ainda perguntam como introduzir na empresa uma gestão da inovação que possa realmente trazer resultado.

De Leede e Looise (2005) abordam a integração de gestão de recursos humanos com inovação pela estratégia organizacional, cujo objetivo seja o resultado com inovação, e consideram a criatividade como input e output ao processo. O impacto nos resultados em recursos humanos é medido pelo aumento crescente da criatividade, do comprometimento e das competências dos seus colaboradores, de forma virtuosa, que aponte as melhores práticas de gestão de pessoas para o alcance do sucesso em inovação.

Não existe uma fórmula mágica, mas sim uma combinação de fatores ligada à estratégia organizacional, que aponta para a GESTÃO DE PESSOAS alinhada aos objetivos organizacionais como sendo o ALICERCE para a INOVAÇÃO. Neste contexto, os líderes devem atuar de forma a estimular nos colaboradores o compartilhamento do conhecimento e desenvolvimento de uma visão comum de quais são os objetivos a serem atingidos, com um espírito de equipe e de colaboração de forma que sejam capazes de desenvolver ideias criativas e inovadoras a partir de suas competências.

REFERENCIAS

DRUCKER, Peter F.  As Fronteiras da Administração: onde as decisões do amanhã estão sendo determinadas hoje. São Paulo : Pioneira, 1989.

LEEDE, J. De; LOOISE, J. K. Innovation and HRM: towards an integrated framework. Creativity and Innovation Management. v. 14, n. 2, 2005, p. 108-117.

TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. Managing innovation: integrating technological, market and organizational change. Chichester. West Sussex: John Wiley & Sons Ltd. 3rd ed.2005.

 

Maria Izanete da Rosa Martins – Aluna do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS/UNESC). Graduada em Administração de Empresas.

Especialista em Recursos Humanos e Marketing. Membro do Grupo de Pesquisa Propriedade Intelectual, Desenvolvimento e Inovação (PIDI/UNESC).

Por: Adriana Carvalho Pinto Vieira 05 de dezembro de 2017 às 12:52
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Artigos apresentados CONVIBRA 2017

Na data de ontem e hoje foram apresentados artigos aprovados CONVIBRA 2017 por membros do GP/PIDI

Processo sucessório: os desafios enfrentados por uma empresa familiar de pequeno porte - autores: Diego Raulino Fagundes, Débora Volpato, Julio Cesar Zilli, Adriana Carvalho Pinto Vieira

Identificação das necessidades de capacitação em uma instituição pública localizada no município de Içara - SC - autores: Bruna Pedro Manarin, Débora Volpato, Julio Cesar Zilli, Adriana Carvalho Pinto Vieira

Indicação geográfica e desenvolvimento: Um panorama atual da região de Indicação de Procedência dos Vales da Uva Goethe  - autores: Guilherme Spiazzi dos Santos, Adriana Carvalho Pinto Vieira, Julio Cesar Zilli.

Gestão do conhecimento e inovação nas práticas rotineiras: estudo de caso em um setor administrativo de uma instituição de ensino superior em SC - autores: Leticia Zanini (PPGDS),  Lúcia Andréa Búrigo (PPGDS) e Adriana Carvalho Pinto Vieira PPGDS).

parabens a todos

GP/PIDI

 

Por: Adriana Carvalho Pinto Vieira 10 de dezembro de 2017 às 20:35
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Os desafios da Logística

Os desafios da Logística
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Michele Domingos Schneider

Os antecedentes históricos da logística estão diretamente relacionados com a própria evolução da humanidade. Historicamente a logística tem seu inicio marcado pelo desenvolvimento de estratégias utilizadas pelos exercícios e posteriormente, estes conceitos passam a ser utilizados nas organizações.

Os primeiros estudos sobre a logística iniciam por volta de 1960 nos Estados Unidos, com a formação dos primeiros grupos de estudos e com o passar do tempo vão ganhando destaque no meio acadêmico e organizacional, na busca de alternativas para otimizar os processos internos, melhorar os índices de atendimento ao cliente e redução de custos.

Conceitualmente, a logística envolve os processos de planejamento, execução e controle de todo fluxo de produtos na organização, desde o planejamento da compra até a entrega ao cliente final. Neste cenário, engana-se quem pensa que logística é apenas transporte e principalmente que pensa que a logística é apenas coisa para grandes empresas.  Desta forma, mesmo que a empresa não possua um departamento que trata especificamente das questões logística, estes processos estarão permeando toda a organização. Nos deparamos, diariamente com questões e problemas relacionados a logística nas organizações. 

A gestão da logística apresenta uma série de desafios a serem superados para o pleno desenvolvimento das potencialidades das empresas, dentre as quais podemos citar:

- Dificuldades no transporte e distribuição, seja em função das péssimas condições das estradas  que ocasionam a elevação dos custos de transportes e aumento nos tempos de entrega dos produtos;

- Baixo incentivo aos investimentos em tecnologia, tecnologia esta que é imprescindível para o gerenciamento das atividades logística e a manipulação de volumes consideráveis de dados, no entanto para pequenas e médias empresas os custos podem ser considerados elevados; 

- Escassez de mão de obra especializada, uma vez que o gerenciamento da logística exige profissional com diversas habilidades para atuar em diferentes contextos e situações e nem sempre estes profissionais são encontrados facilmente no mercado e também não existe abundancia de cursos de formação na área, seja em nível de graduação, especialização ou aperfeiçoamento; 

- Controles de estoques, o tema estoques é algo nefrálgico nas organizações, pois a manutenção dos mesmos é uma necessidade para o pleno funcionamento da empresa, frente às questões de alterações sensíveis na demanda dos produtos e as dificuldades no transporte de distribuição. No entanto, gerenciamento inadequado dos estoques pode resultar em perdas e aumento nos custos, a falta pode gerar perdas na produção e ao não atendimento dos pedidos dos clientes. Técnicas e ferramentas podem e devem ser utilizadas para o gerenciamento correto dos estoques.

- Sustentabilidade, a logística precisa representar um diferencial competitivo e colaborar para a sustentabilidade da organização, sem se descuidar das questões ambientais.

Em tempos de crise, onde o país passa por uma desaceleração da economia, é cada vez mais exigido dos gestores habilidades de planejamento e gerenciamento de recursos. A gestão da logística assume papel relevante no estabelecimento de diferenciais competitivos para as organizações, manutenção dos negócios, redução de custos globais e a sustentabilidade empresarial.

Michele Domingos Schneider - Possui graduação em Administração de empresas pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (2003) e Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (2016). Atualmente é professor titular da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Logística empresarial, atuando principalmente nos seguintes temas: educação a distância, logística, educação, gestão e competitividade.

Por: Adriana Carvalho Pinto Vieira 28 de novembro de 2017 às 17:28
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A SOCIEDADE DIGITAL JÁ EXISTE E NÃO É ONDE VOCÊ PENSA QUE É.

A SOCIEDADE DIGITAL JÁ EXISTE E NÃO É ONDE VOCÊ PENSA QUE É.
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Guilherme Spiazzi dos Santos

Imagine uma vida onde você não precisa mais sair de casa para enfrentar as disfunções da burocracia. Agora você votará pela internet, preencherá o imposto de renda em cinco minutos, terá acesso online aos mais variados serviços públicos e privados pelo seu celular, terá toda a história e informação do país disponível de forma digital, poderá acompanhar projetos de lei, em seus mínimos detalhes, com uma significante transparência, podendo assim evitar o lobby e a corrupção, na palma da sua mão ou ainda, em casos extremos como uma guerra, terá a segurança de saber que toda a sua informação, incluindo dados bancários está protegida.

Há tempos vemos o impacto da tecnologia em nossas vidas, mas como e quando essa mudança abrupta do paradigma de como a sociedade e governo interagem acontecerá?

A verdade é que uma inovadora forma de o governo tecer relações com a sociedade já existe. Portanto, se você ainda não conhece a Estônia, sugiro que se atualize com urgência. 

Esta pequena região báltica de 1.352.320 habitantes, que sobreviveu ao holocausto ditatorial comunista da URSS e voltou a ser livre em 1991, foi considerado o país com a sociedade digital mais avançada do mundo pela renomada revista Wired em 2015.

Mas como se constitui uma sociedade digital?

A inovação digital é uma oportunidade para a forma como governos, negócios e a população se relacionam. Significa ter todas as partes do sistema operacional do governo inseridos dentro da era digital. A tecnologia digital tem proporcionado novos instrumentos que estão revolucionando as relações e a forma como a sociedade opera, a aquisição de poder pelos indivíduos e a sua habilidade de participar e contribuir na tomada de decisão.

Qual a importância deste novo modelo de sociedade?

No que concerne o interesse pela democracia e a transparência, é de uma descomunal importância que os governos liberem o acesso aos seus dados. Produzida e armazenada pelo Estado, estas informações representam uma força vital que pode estimular a inovação econômica e social numa sociedade digital.

Tornar os dados disponíveis fomenta o desenvolvimento de iniciativas inovadoras e contribui para o melhoramento de políticas públicas. 

Como a Estônia fez isso, você deve estar se perguntando.

A revolução do país começou após a reconquista de sua independência, numa época em que o governo não coletava dados da sua população de forma digital. Eram tempos em que nem mesmo a população tinha acesso à internet, portanto, o país teve que assumir o risco de investir na tecnologia da informação para seguir rumo à sociedade da informação.

Tudo começou com a construção da rede pública de acesso a internet para cidadãos que não podiam pagar pelo serviço domiciliar. Em 1997 quase 97% das escolas tinham acesso à internet e hoje 84% da população entre 16-74 anos usa a internet regularmente.

Foi também no ano de 1997 que o país deu o seu primeiro passo ao criar o seu e-governance (governança-eletrônica) – uma escolha estratégica para melhora da competitividade do país e da condição de vida da população, ao mesmo tempo em que implementava uma governança sem aborrecimentos.

O que exatamente o governo digital oferece?

Atualmente 99% dos serviços públicos estão disponíveis para os cidadãos da Estônia na forma de “e-services” ou “serviços eletrônicos”. Com isso, na maioria dos casos não há necessidade de atendimento físico na agência provedora do serviço.

Apenas como exemplo, na Estônia você tem uma carteira de identidade digital, um cartão com um chip que traz nele informações pessoais criptografadas e pode usado como a prova definitiva da sua identidade no meio eletrônico. Com este cartão de identidade você viaja legalmente dentro da União Europeia, tem acesso ao sistema nacional de saúde, serve como prova de identificação para transações bancárias online, é aceito como assinatura digital, substitui o título de eleitor, permite acesso ao histórico médico, viabiliza a declaração do imposto de renda, entre outras coisas.

A eficiência do “e-government” fica aparente quando se encara o tempo que cidadãos e servidores públicos economizam. Tempo esse que seria gasto com burocracias e papeladas. Por exemplo, o tempo desprendido em reuniões de gabinete do governo que era de cinco horas por semana caiu para menos de noventa minutos.

O sonho estoniano é ter o menor Estado possível, mas também o tanto que for necessário.

Saúde e educação digitais?

Em casos médicos, numa situação de emergência um médico pode usar o código do cartão de identidade para leitura de informações cruciais como tipo sanguíneo, alergias, tratamentos recentes, medicações, gravidez etc. Além disso, o sistema contribui com o ministério da saúde coletando dados estatísticos para certificar que os recursos com a saúde estão sendo gastos de maneira apropriada.  

95% 97% 300.00 100%
dos dados digitalizados das receitas médicas são digitais Dúvidas de pacientes por ano Da fatura médica é eletrônica.

 Com relação à educação, este instrumento inovador permite que pais, crianças e professores colaborem e organizem toda a informação necessária para o ensino e aprendizagem por meio das plataformas e-School e Studium.

O sistema também permite que os pais se envolvam na educação de suas crianças, podendo acompanhar as tarefas, notas, frequência, além da comunicação direta com professores.  

1a 85% 1 em cada 10 200.000
colocada europeia no PISA das escolas usam o e-school estudantes optam estudar TI usuários ativos do sistema e-school

Este modelo permite a geração de relatórios estatísticos atualizados que dão a real noção das condições da educação na Estônia.

É um sistema seguro contra ataques cibernéticos?

Para assegurar que a rede, sistema e dados não sejam comprometidos e conservem 100% de privacidade o país desenvolveu uma tecnologia baseada no sistema blockchain chamado KSI. Com isso, é praticamente impossível que os dados sejam alterados após serem registrados no sistema blockchain.

Informações como a rede do governo e sua história não podem ser reescritos por ninguém. Além disso, a autenticidade dos dados eletrônicos pode ser comprovada matematicamente. Isso significa que ninguém, nem mesmos hackers, administradores de sistemas ou até mesmo o governo podem manipular a informação.

A Estônia atingiu o ápice da sociedade digital?

De forma alguma. O país prevê a implementação de dez novas ideias para a consolidação da “e-Estônia”.  As ambições futuras incluem: uma nova nação digital, segurança cibernética, transportes inteligentes, economia em tempo real e a indústria 4.0. 

A mudança já começou e na liderança deste modelo inovador está a Estônia. Como você acha que o Brasil abraçará esta inevitável tendência?

Referências:

http://www.oecd.org/innovation/forging-a-digital-society.htm

http://techonomy.com/2017/02/e-estonia-reflections-on-life-in-a-digital-society/

https://e-estonia.com/

Guilherme Spiazzi dos Santos - Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS/UNESC). Graduado em Administração pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (2017). Membro do Grupo de Pesquisa Propriedade Intelectual, Desenvolvimento e Inovação (GP/PIDI/UNESC).

Por: Adriana Carvalho Pinto Vieira 27 de novembro de 2017 às 10:14
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Defesa pública de dissertação de membro GP/PIDI

Defesa pública de dissertação de membro GP/PIDI
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O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico convida a comunidade acadêmica para a Defesa Pública de Dissertação de membro do GP/PIDI - Débora Volpato

Título: “O processo sucessório e as inovações das empresas familiares no setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios da cidade de Criciúma – SC”

Presidente da banca e orientadora: Profª Dr.ª Adriana Carvalho Pinto Vieira

Coorientadoras: Profª Dr.ª Cristina Keyko Yamaguchi e Profª Dr.ª Almerinda Tereza Bianca Bez Batti Dias.

Banca Examinadora:

Prof.ª Dr.ª Roseli Jenoveva Neto (SENAC)

Prof. Dr. Sílvio Parodi Oliveira Camilo (UNESC)

Prof. Dr. Alcides Goularti Filho (Suplente – UNESC)

Data: 30/11/2017

Horário:8h30m

Local: Bloco P, Sala 17

Por: Adriana Carvalho Pinto Vieira 27 de novembro de 2017 às 09:34
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