Publicado em: 15/06/2025 - 00:00

Autor (a): imo@unesc.net

O mercado de trabalho formal do Sul de Santa Catarina apresentou saldo negativo em maio de 2025, com fechamento de 507 postos de emprego, segundo dados do Novo CAGED, adaptados pelo Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e Inovação da Unesc. A retração foi puxada principalmente pelos setores de Construção, com perda de 559 empregos, e Indústria, que registrou déficit de 281 vínculos.

Apesar do panorama desafiador, o setor de Serviços apresentou crescimento moderado, com a criação de 419 novas vagas, indicando uma continuidade da tendência de recuperação iniciada em fevereiro de 2025. Entre os municípios da região, Jaguaruna destacou-se como principal gerador de empregos, com 113 novas vagas, seguido por Içara, com 91 postos criados, especialmente no setor de Serviços, responsável por 69 desses vínculos.

A análise por regiões administrativas mostra dinâmicas distintas. Na AMESC (Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense), o saldo foi positivo em 219 empregos, com destaque para Serviços (96), Comércio (63) e Indústria (41). Em contraste, a AMUREL (Associação dos Municípios da Região de Laguna) registrou perdas expressivas de 618 postos, concentradas em Construção e Indústria, enquanto Serviços cresceram moderadamente, impulsionados por Jaguaruna e Tubarão. Já a AMREC (Associação dos Municípios da Região Carbonífera) contabilizou déficit de 108 empregos, principalmente nos setores de Comércio e Indústria.

No detalhamento municipal, municípios como Tubarão e Siderópolis registraram perdas significativas em setores industriais e de construção, enquanto cidades como Forquilhinha, Grão Pará e Içara mantiveram saldos positivos, evidenciando a heterogeneidade da região. O setor agropecuário, embora pequeno, registrou saldo quase neutro, com apenas 3 novos empregos em todo o território.