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TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO DESENVOLVIMENTO DO PORTO DE IMBITUBA

TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO DESENVOLVIMENTO DO PORTO DE IMBITUBA
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O desenvolvimento socioeconômico da região Sul do Estado de Santa Catarina e do próprio porto de Imbituba, é historicamente relacionado com a exploração e escoamento da produção de carvão. Até o início da década de 1990, o porto passou a expandir-se com investimentos governamentais, vinculados diretamente ao completo carbonífero.

O porto de Imbituba que até o final dos anos de 1980 estava voltado exclusivamente para a movimentação de carvão, utilizando toda a sua capacidade e estrutura portuária, sofreu na década de 1990, juntamente com o complexo carbonífero do Sul de Santa Catarina, as políticas neoliberais da época. Com o término dos embarques de carvão, o porto precisou buscar novas alternativas de diversificação e parcerias, utilizando-se da Lei de Modernização dos Portos (Lei nr. 8.630/93).

Desta forma, destaca-se uma síntese da trajetória da movimentação e formação do complexo carbonífero com a participação efetiva do porto de Imbituba.

1884-1946:

Complexo: Minas, ferrovia e porto. Operações da Ferrovia Dona Tereza Cristina no transporte do carvão por meio do porto de Laguna (exportando carvão) e Imbituba.

Caracterísica: Estrutura direcionada para o início da movimentação de carvão.

1946-1965

Complexto: Minas, ferrovia, lavador de Capivari e porto. Estrutura-se o Lavador de Capivari, com o objetivo de beneficiar o carvão destinado às siderúrgicas. Em 1946 entra em operação CSN, extraindo a fração metalúrgica do carvão sul catarinense.

Caracterísica: Movimentação e beneficiamento do carvão. A movimentação do carvão via cabotagem representava 92,92%. Inicia-se a formação de uma estrutura voltada para o aproveitamento completo do carvão.

1965-1978

Complexo: Minas, ferrovial, lavador de Capivari, termoelétrica e porto. Entra em operação a Usina Termoelétrica Jorge Lacerda, fornecendo energia elétrica para grande parte de Santa Catarina.

Caracterísica: Além da siderurgia, também era aproveitado o carvão-vapor (energético). O carvão representada 93,39% da movimentação, com um pequeno incremento da navegação de longo curso.

1978-1990/94

Complexo: Minas, ferrovia, lavador de Capivari, termoelétrica, carboquímica e porto. Entra em operação em 1979 a Indústria Carboquímica Catarinense (ICC).

Caracterísica: Com um complexo praticamente montado, aproveitava-se também o rejeito piritoso do carvão (ácido sulfúrico – fosfórico), destinado à indústria de fertilizantes. A movimentação do carvão atinge os maiores picos, com drástica redução nos anos de 1990 (início do desmonte do complexo carbonífero). Última movimentação do carvão em 1993.

1994-2015

Complexo: Minas, ferrovia e termoelétrica. CSN fecha as unidades de extração de carvão e a ICC é desativada. A Termoelétrica é privatizada.

Caracterísica: Desmonte parcial, pois as minas continuam fornecendo carvão para a Termoelétrica, com transporte ferroviário. O porto de Imbituba experimentou uma forte crise, ficando com alta capacidade ociosa. O porto encontra-se em processo de reestruturação para atender a demanda de carga conteinerizada, com uma nova forma de gestão, agora vinculada ao governo do Estado de Santa Catarina.

Saiba mais acessando o artigo:

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11 de maio de 2019 às 12:11
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