PPGD - Programa de Pós-Graduação em Direito

[04.08]CONVITE: Defesa Pública de Dissertação: Jóicy Rodrigues Teixeira Hundertmark

O Programa de Pós-Graduação em Direito tem a honra de convidar a comunidade acadêmica para a Defesa Pública de Dissertação remota, abaixo relacionada: 

Mestrando (a): Jóicy Rodrigues Teixeira Hundertmark

“Direitos humanos insurgentes e feminismos negros: Um estudo das experiências das mulheres negras da entidade negra bastiana – ENEB em Criciúma”

Presidente da banca e Orientador (a): Profª. Dra. Fernanda da Silva Lima

Banca Examinadora:

Prof.ª Dra. Giovana Ilka Jacinto Salvaro - Membro PPGD – UNESC

Prof.ª Dra. Leilane Serratine Grubba - Membro externo – IMED

Prof. Dr. Reginaldo de Souza Vieira - Membro Suplente – PPGD – UNESC

Data: 04 de agosto

Encontro via: Google - Meet

RESUMO

Os direitos humanos insurgentes são pensados desde uma postura crítica dos direitos humanos, ao entender que a sua previsão universal não é suficiente para responder as demandas de todas as pessoas. Aliás, ao contrário do que se propõe a universalidade – ao estabelecer que todas as pessoas são livres e iguais –, a realidade revela que as pessoas negras brasileiras possuem suas vidas predeterminadas e estabelecidas. Esse quadro é reflexo de todo o contexto de colonização europeia, ao estipular um padrão mundial de poder que privilegia a branquitude e se mantém no controle das estruturas, instituições e relações pelo controle do capital. Refletindo-se na atualidade, em que se realiza a manutenção dessas condições de privilégio e desvantagem social, estrutural e institucional – marcas do racismo brasileiro – por meio da colonialidade. Estes fatos são ainda mais violentos contra as mulheres negras, tendo em vista que o sexismo é fundante da sociedade brasileira e do contexto de dominação, tanto quanto o racismo e o capitalismo, marginalizando-as às condições mais precárias de existência e sobrevivência. Diante destas percepções, os direitos humanos universais são ferramentas da manutenção deste controle, instituindo direitos que só conseguem alcançar efetivamente os corpos brancos, por isso é indispensável pensar a partir das lutas dos movimentos insurgentes, contra essa manutenção do poder e demonstrando processos de inferiorização, marginalização e invisibilização que se propagam contra corpos negros. Desde essas perspectivas, os feminismos negros são essenciais ao pensar a partir dos três pilares – mas, não exclusivamente (d)eles – que moldam a sociedade brasileira: racismo, sexismo e classicismo, como fatores determinantes à existência das mulheres negras, diante da interseccionalidade, por isso que a experiência é um ponto muito essencial para movimentos feministas negros, pensando a partir do ponto de vista. Assim, a experiência das mulheres negras da Entidade Negra Bastiana se faz essencial para a construção dessas noções trabalhadas, ao atuarem a partir dos movimentos negros, criticando a manutenção de controle do município de Criciúma através das legislações que não são efetivas à população negra da cidade, além de também adotarem uma postura feminista, entendendo a machismo e sexismo brasileiros, já que são diretamente experienciados por elas.

Palavras-chave: Decolonialidade. Direitos humanos em perspectiva crítica. Entidade Negra Bastiana. Feminismo negro decolonial. Mulheres negras.

29 de julho de 2022 às 09:03
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