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Unesc recebe caixeiro viajante com sua Água de Colonial

Unesc recebe caixeiro viajante com sua Água de Colonial
Artista esteve no campus da Unesc defendendo a descolonização e representações da cultura indígena (Fotos: Décio Batista) Mais imagens

Um caixeiro viajante esteve visitando a Unesc na noite desta segunda-feira (8/11). O artista plástico Silfarlem Oliveira, representante da Companhia Descolonizadora Ações e Intervenções, passou pelo campus da Universidade para inaugurar seus minimonumentos e distribuir unidades da Água de Colônia Caldas dos Bororenos, indicada para a limpeza corporal anticolonial e que remete à presença dos povos originários kaingang, xokleng e guarani em terras catarinenses.

O artista Sil, como gosta de ser chamado, teve o seu projeto selecionado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura e Artes, executado com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina por meio da Fundação Catarinense de Cultura.

Segundo o caixeiro viajante, o que ele apresenta e distribui gratuitamente é um produto duplamente estético. “É um cosmético fito-energético, anticolonial demonstrado em uma intervenção artística em forma de minimonumento. A Água de Colônia Caldas dos Bororenos mescla em sua fórmula revulsiva e desintoxicante substâncias nativas com elementos históricos do passado e do presente. Seu conteúdo ativo existe desde antes de 1500, desde antes da chegada dos europeus ao continente Abya Yala (América). As águas, as plantas e os povos ameríndios que aqui habitavam na era pré-colombiana são a essência desta proposição cosmética e artística anticolonial”, explicou o artista.

A acadêmica da 6ª fase do curso de bacharelado em Teatro, Ana Frihet, prestigiou a exposição do caixeiro viajante e aproveitou para aprender e conhecer as Caldas dos Bororenos. “São águas de colônia representadas por minimundos. Dentro desse minimundo tem muita luta e eu espero que esse cheiro se espalhe por todo mundo e que as pessoas levantem também essa causa e divulguem muito este trabalho que está muito lindo. É uma iniciativa muito bonita, muito importante para nossa região, porque a gente não tem esse conhecimento sobre esses povos originários aqui do nosso estado e ao redor. Iniciativas como essas nos transportam um pouco para dentro da história. Já que não podemos ir até a montanha, a montanha vem até nós ensinar a importância que tem essas águas e esses povos”, comentou a estudante.

Conforme a professora do curso de Artes Visuais, Daniele Zacarão, receber este projeto na Universidade é muito importante principalmente para o curso de artes visuais. “Esse é um projeto que contempla um processo de pesquisa, investigação, desenvolvimento de uma produção artística e esse fomento do edital Elisabete Anderle, de estímulo à cultura, proporciona a circulação desse projeto por várias cidades catarinenses”, observou.

Nesta terça-feira (9/11) o artista e caixeiro viajante fez sua exposição na Praça Nereu Ramos, aproveitando a 15ª Feira do Livro. Dentro do seu roteiro de visitas, que teve início em agosto, além de Criciúma, ele já esteve em Santo Amaro da Imperatriz, Canelinha, Brusque, Itajaí, Ibirama, José Boiteux, Lages e Concórdia. Na programação ainda estará em Nova Veneza, Orleans e Florianópolis.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

09 de novembro de 2021 às 19:17
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