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Tendência em pesquisas sobre uso da biodiversidade na tecnologia em debate

Tendência em pesquisas sobre uso da biodiversidade na tecnologia em debate
Assunto foi o tema da aula inaugural do PPGCA (Fotos: Ana Sofia) Mais imagens

No universo de 100 milhões de espécies que formam a biodiversidade do Brasil, apenas dois milhões já foram identificadas e uma pequena parcela é objeto de estudos para fins tecnológicos.

Foi este o tema da aula inaugural do Curso de Pós-Graduação de Ciências Ambientais da Unesc. Alunos de mestrado e doutorado do PPGCA, graduação (Ciências Biológicas e Farmácia) e professores, lotaram o Auditório Edson Rodrigues para acompanhar a palestra do pesquisador doutor Alexandre José Macedo (bolsista Produtividade do CNPq) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que trouxe toda a sua experiência na área de biofilmes ambientais e microbiologia.

A atual coordenadora do PPGCA (Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais), professora doutora Patrícia de Aguiar Amaral, destaca que o objetivo do programa é a interdisciplinaridade na área das Ciências Ambientais e a relação interdisciplinar entre a Saúde e o Ambiente também faz parte das linhas de pesquisa do PPGCA.

Líder de um extenso grupo de trabalho na área, denominado Biofilmes e Diversidade Microbiana, o doutor Alexandre Macedo mostrou o início e a evolução das pesquisas realizadas na UFRGS, em parceria com pesquisadores de outros Estados (SP e PE) e de fora do Brasil (Suécia, Inglaterra e França).

O grupo promove um extenso estudo sobre biofilmes patogênicos que “São formações de colônias bacterianas resistentes que circulam dentro de hospitais, que são as formadoras de biofilme e deram graves problemas de saúde”. A pesquisa tem como objetivo encontrar moléculas naturais que possam impedir a formação desses biofilmes. Dentro da biodiversidade brasileira vários organismos produzem estas moléculas como exemplo: as esponjas marinhas, carrapatos e serpentes.

Para o doutor Macedo, o impasse no desenvolvimento da pesquisa no Brasil está no fomento e nas parcerias ainda tímidas com a indústria “Aqui no Brasil estamos ainda num processo inverso, o pesquisador tentando descobrir uma molécula ativa, patentear e tentar provar para a indústria que vale a pena investir. Tudo isso com as limitações de fomento e entraves burocráticos que a academia nos impõe”, observa. Ele comenta ainda que foi sua primeira vez na Unesc, e agradece o acolhimento que teve por parte dos alunos e Professores do PPGCA.

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

02 de março de 2018 às 20:55
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