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Uso de celular por crianças é prejudicial, alertam professores da Unesc

Uso de celular por crianças é prejudicial, alertam professores da Unesc
Zeca Virtuoso Mais imagens
O uso indiscriminado de telefone celular pode ser prejudicial à saúde e uma ameaça à qualidade de vida de adultos e principalmente de crianças. O alerta partiu dos professores Nestor Mendez, do PPGCA (Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais), e Edson Lupselo, do curso de Medicina, em palestra na manhã desta sexta, no auditório Ruy Hülse. Abordando o tema "Poluição eletromagnética, telefonia celular e saúde" dentro da programação da Semana do Meio Ambiente, eles apresentaram informações importantes que colocam em xeque a propagada inocuidade desta tecnologia.

 "A idéia de que não haja comprovação em relação a efeitos biológicos provocados pela exposição a campos eletromagnéticos é um mito", garantiu Mendez. Segundo o pesquisador, que é físico e estuda o assunto há quase duas décadas, há mais de mil estudos no mundo que comprovam o contrário. "Não sabe ainda  o nível de interação da radiação eletromagnética com o organismo, mas a alteração do DNA é um fato que não pode ser rebatido", assegurou.

Uso do computador

Especialista em medicina do Trabalho, Luspelo observou também os riscos em potencial do uso descontrolado de outras fontes de poluição eletromagnética, como o computador, sobretudo por crianças. Segundo ele, a energia absorvida pelo corpo pode comprometer a saúde das pessoas no futuro. "Crianças ou adolescentes que ficam horas no computador poderão apresentar sérios distúrbios na idade adulta, como cardíacos, sem contar que estão expostas a riscos de estresse e depressão", afirmou. Quanto ao aparelho celular, ele disse que crianças e adolescentes não deveriam usá-los, devendo os adultos não ultrapassarem os seis minutos de conversa. "O ideal é evitar, enquanto não se tem muitas garantias", destacou.

Outra ferramenta tecnológica que preocupa, segundo Mendez e Lupselo, é forno microondas, que aquece alimentos pela ação da radiação sobre as moléculas da água. Em decorrência disso, asseguraram, o alimento aquecido desta forma perde suas características iniciais, podendo tornar-se prejudicial para o consumo.
09 de junho de 2006 às 14:40
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