Queima de lixo em terrenos baldios ameaça saúde da população
Ao serem queimados, os materiais (principalmente plásticos) liberam hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), que são cancerígenos. "Essa combinação foi constatada ainda no século XIX, com a ocorrência de câncer de próstata em meninos que limpavam chaminés de uma fábrica, em Londres", informa. Guadagnin, por sua vez, destaca a necessidade de uma campanha de conscientização que resulte na mudança comportamental das pessoas. "Hoje, em Criciúma, a coleta do lixo é quase 100% em toda a cidade. Mesmo assim, há quem utilize terrenos abandonados para queimar resíduos", relata.
Não raramente, a queima de resíduos plásticos, dentre outros, prejudica a qualidade do ar, ajudando a aumentar os casos de problemas respiratórios, principalmente em crianças e idosos. Essa prática pode ser comprovada a qualquer hora do dia, nas várias regiões de Criciúma, inclusive na área central. "Os incômodos causados pelo lixo muitas vezes estimulam as pessoas a usarem o fogo como forma de resolver esse problema. As conseqüências resultantes são desastrosas, pois a queima libera na atmosfera gases venenosos, que afetam os seres vivos e o meio ambiente. No ser humano, a queima pode provocar dor de cabeça, náusea, doença de pele e irritação dos olhos e das vias respiratórias", destaca Guadagnin. Para o ambiente, lembra o professor, promove o aumento do efeito estufa – ou o aquecimento da temperatura da terra acima do normal.
23 de março de 2006 às 16:26
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