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CNPq divulga diretrizes para promover a ética na publicação de pesquisas científicas

O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) divulgou esta semana um conjunto de diretrizes para promover a ética na publicação de pesquisas científicas e estabelecer parâmetros para investigar eventuais condutas reprováveis. O relatório da Comissão de Integridade de Pesquisa do CNPq traz uma introdução sobre a importância da legitimidade nas publicações científicas, metas e diretrizes a serem seguidas pelos pesquisadores apoiados pelo órgão.

Confira o relatório completo

O relatório destaca quatro modalidades de fraude. A fabricação ou invenção de dados, a falsificação (manipulação de resultados), o plágio (uso de dados de outro autor sem referenciar) e o autoplágio (uso de dados próprios, já publicados anteriormente, sem referenciar). As punições para os delitos mais graves incluem a suspensão de financiamento por meio de bolsas e a devolução do recurso investido pelo CNPq no trabalho.

Diretrizes

Ao todo são 21 diretrizes, algumas mais simples, como a primeira, que destaca que “o autor deve sempre dar crédito a todas as fontes que fundamentam diretamente seu trabalho”. Outras são mais complexas, como a diretriz 11, segundo a qual “a inclusão intencional de referências de relevância questionável com a finalidade de manipular fatores de impacto ou aumentar a probabilidade de aceitação do manuscrito é prática eticamente inaceitável”. Já algumas atingem a questão de autoria, como as diretrizes 17 e 18.

17 - “Somente as pessoas que emprestaram contribuição significativa ao trabalho merecem autoria em um manuscrito. Por contribuição significativa entende-se realização de experimentos, participação na elaboração do planejamento experimental, análise de resultados ou elaboração do corpo do manuscrito. Empréstimo de equipamentos, obtenção de financiamento ou supervisão geral, por si só, não justificam a inclusão de novos autores, que devem ser objeto de agradecimento”.

18 - “A colaboração entre docentes e estudantes deve seguir os mesmos critérios. Os supervisores devem cuidar para que não se incluam na autoria estudantes com pequena ou nenhuma contribuição nem excluir aqueles que efetivamente participaram do trabalho. Autoria fantasma em Ciência é eticamente inaceitável”.

(Fonte/Colaboração: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)

Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net

21 de outubro de 2011 às 14:08
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