Representante da Funai explica as três etapas para se reconhecer um indígena
Você se reconhece como indígena? As pessoas a sua volta o enxergam como diferente? Outros indígenas o assumem como pertencente ao seu modo de vida? Se você se encaixa nestes três perfis você pode se considerar um indígena. A afirmação é do representante da Funai (Fundação Nacional dos Índios), o indigenista Nuno Nunes Orivaldo Jr., durante palestra no curso de História da Unesc na noite de hoje (26/8). Natural de Criciúma, Orivaldo Jr. voltou à cidade para participar do Seminário Povos Indígenas de Santa Catarina (Cultura, Tradição, Língua e Direitos).
O palestrante contou o caso de uma mulher em 2010, no Rio Grande do Sul, que começou a ter sonhos místicos e conversando com seu pai e sua mãe descobriu na sua avó o parentesco com índios. “Eles procuraram a Funai, se reconheceram como indígenas. Então perguntamos à comunidade, onde eles vivem, e disseram que eles realmente eram diferentes. Depois procuramos vários povos indígenas, sendo que os Xokleng, do norte de Santa Catarina, reconheceram as palavras que ela ouviu em seu sonho”, contou Orivaldo Jr.
Outra história interessante, que o indigenista contou, foi sobre um bambu de pequeno porte utilizado pelos Xokleng na construção de balaios e flechas. O palestrante lembrou que estes indígenas habitavam nossa região e que este bambu deu nome a maior cidade do extremo sul catarinense, Criciúma.
Povos indígenas de Santa Catarina
O indigenista falou sobre os Guarani, os Xokleng e os Kaingang, povos que habitam o território catarinense. Ele trouxe histórias de conflitos e resistência, trazendo presente a cultura, tradição, língua e direitos dos índios. Orivaldo Jr. trabalha na Fundação em Brasília e veio a Criciúma em uma parceria entre o curso de História, o setor de Arqueologia, do Iparque (Parque Científico e Tecnológico), o Muesc (Museu da Universidade do Extremo Sul Catarinense) e o CMU (Centro de Memória da Unesc). A iniciativa faz parte da disciplina Tópicos Especiais de História, do professor Juliano Campos, da oitava fase do curso, que traz vários especialistas ao longo do semestre.
Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net
26 de agosto de 2011 às 21:17
Newsletter
RSS