Professor aprova projeto junto ao CNPq para otimizar fabricação da cerâmica vermelha
Diminuir para algumas horas o tempo de queima da cerâmica vermelha, que pode durar até uma semana, é o objetivo principal do projeto de pesquisa da Unesc aprovado junto ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O professor doutor do PPGCEM (Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais) Adriano Michael Bernardin aprovou o trabalho “Fabricação de cerâmica vermelha por monoqueima rápida”, com recursos de R$ 249 mil.
Bernardin pretende utilizar a tecnologia de processamento (principalmente a de queima) dos revestimentos cerâmicos (pisos e azulejos) para a cerâmica vermelha (tijolos e telhas). “A ideia é utilizar as matérias-primas tradicionais da cerâmica vermelha (argilas) e o processo de formação das peças (extrusão), porém com secagem e queima segundo o ciclo de monoqueima rápida dos revestimentos cerâmicos”, revelou. Ele explicou que a cerâmica vermelha parou no tempo no Brasil. “A tecnologia de produção é muito arcaica, a exploração da argila é artesanal e a produção é muito antiquada”, ressaltou.
O projeto vai envolver dez empresas afiliadas ao SinCer (Sindicato da Indústria da Cerâmica Vermelha) de Morro da Fumaça. Na etapa inicial será realizado um estudo completo das matérias-primas de cada empresa para adequá-las ao processo de monoqueima rápida. “Com os recursos obtidos vamos montar uma planta piloto de cerâmica vermelha no IDT (Instituto de Engenharia e Tecnologia) do Iparque (Parque Científico e Tecnológico) da Unesc e contratar dois bolsistas”, comentou.
Origem do projeto
O projeto é consequência dos resultados obtidos em um projeto de iniciação cientifica da Unesc e de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) de curso de Tecnologia em Cerâmica, onde foi possível obter telhas por monoqueima rápida. O trabalho foi desenvolvido pela tecnóloga Jaqueline Botega, resultando em um produto muito superior aos produtos do mercado, segundo as normas da ABNT.
Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net
04 de agosto de 2011 às 15:46
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