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Pesquisa da Unesc e FURG apura: um em cada três aumentou de peso na pandemia

Pesquisa da Unesc e FURG apura: um em cada três aumentou de peso na pandemia
“Mental Covid – Impacto da Covid-19 sobre a Saúde Mental da População” constatou, também, que 40% dos pesquisados reduziram atividades físicas Mais imagens

Pesquisadores da Unesc e da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) se dedicaram a estudar o impacto causado pela pandemia de Covid-19 na saúde mental e física da população. Dados que já eram preocupantes se agravaram e foram apurados na pesquisa “Mental Covid – impacto da Covid-19 sobre a Saúde Mental da População”. Conforme o professor Antônio Augusto Schafer, um dos coordenadores do estudo junto ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCol) da Unesc, uma a cada três pessoas apresentou elevação de peso durante a pandemia.

O estudo de base populacional foi realizado em paralelo nas cidades de Criciúma e Rio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul, e mostrou que 40% da população reduziu suas atividades físicas durante a pandemia. “Paralelo a isso, o isolamento social, a perda da rotina pré-pandemia e o medo de ser acometido pela doença, e seus possíveis agravamentos, levaram algumas pessoas a desenvolverem sintomas relacionados à depressão e a frequência de ideação suicida, também conhecida como pensamentos suicidas”, relatou o professor. A pesquisa demostrou ainda que os idosos foram os mais influenciados.

O fato de a pessoa não ter sido contaminado pela Covid não influenciou nos impactos dos resultados da pesquisa. Porém, foram encontrados grupos mais comprometidos durante a pandemia, em virtude do distanciamento social, do medo da doença, a ideação suicida, e a pandemia de informações, denominada infodemia. “Essas pessoas estão sofrendo mais e, com isso, causou, não só a depressão, mas outros agravantes, o que é preciso olhar com mais atenção”, ressaltou.

O epidemiologista explica que a pesquisa em Criciúma contou com entrevistas de 863 pessoas em cerca de 600 domicílios. Foram estudados adultos e idosos de diversos bairros, em um rigor metodológico similar ao aplicado na cidade gaúcha, que possui população semelhante à de Criciúma mas características socioeconômicas distintas. “Respeitamos todos os protocolos de biossegurança e, para nós, foi uma das pesquisas mais desafiadoras, pois visitamos lares, durante a pandemia, mas todos nos receberam muito bem”, contou.

A professora pesquisadora do PPGCOL, Fernanda de Oliveira Meller, e o professor Samuel de Carvalho, da FURG, também participaram da pesquisa.

Análise de dados

Os resultados foram obtidos após levantamento de dados com 2.170 pessoas entrevistadas e buscou entender a saúde mental e física dessas duas cidades. Para que o trabalho fosse realizado eles tiveram amparo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapesrs) que garantiu os recursos para a atividade.

“Queríamos entender como a pandemia se comportou nesses dois locais que, apesar de serem distantes, apresentam semelhanças, como na questão da densidade demográfica. Como resultado, percebemos que o impacto da pandemia foi muito similar”, analisou, observando ainda que as duas cidades já tinham pesquisas anteriores à pandemia que serviram de apoio para esse novo estudo.

Como último passo, os pesquisadores trabalham agora para publicar artigos, para que a comunidade possa ter acesso aos números e auxiliar também as secretarias de saúde dos dois municípios e estados. Em Criciúma, resultados serão apresentados na Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc, em novembro.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

01 de novembro de 2021 às 11:04
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Projeto da Unesc contra o bullying disputa Prêmio Innovare

Projeto da Unesc contra o bullying disputa Prêmio Innovare
Aplicação da Justiça Restaurativa nos casos de bullying no ambiente escolar é a pauta. Vencedores serão conhecidos em dezembro (Fotos: Divulgação) Mais imagens

Parceria entre os cursos de Direito e de Psicologia da Unesc, o projeto de extensão “A aplicação da Justiça Restaurativa nos casos de bullying no ambiente escolar” está concorrendo ao Prêmio Innovare, referência nacional no campo da Justiça. “Esse projeto é muito importante e ele pode ser estendido a qualquer parte do Brasil. Estamos muito felizes com a recomendação”, comentou o professor Fabrizio Guinzani, um dos orientadores do projeto.

O Prêmio Innovare tem por premissa identificar ações concretas que signifiquem mudanças relevantes em antigas e consolidadas rotinas e que possam servir de exemplo.

Pelo projeto, que está concorrendo à premiação nacional na categoria CNJ Advocacia, acadêmicos e professores buscam demonstrar a eficiência da Justiça Restaurativa em detrimento da punitiva para conscientizar os envolvidos em casos de bullying, levando em conta que o diálogo é o melhor caminho para humanizar relações.

“Para isso, realizamos diversas etapas, como diálogo, oficinas e palestras, como formas de disseminar a prevenção. Nossa atividade está sendo realizada, neste momento, com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental na escola Marcos Rovaris e no Colégio Unesc”, contou.

A professora Cristina Kern também é orientadora do projeto. Ela destacou que são muitas situações em que é possível trabalhar, com antecedência, a problemática do bullying, como em questões raciais, ou das diferenças da orientação sexual e de gênero, ou então sobre diferenças entre alunos com deficiências ou transtorno mental, casos de autistas. “É uma forma de estarmos transformando algum possível pensamento preconceituoso numa perspectiva solidária, de empatia”, ressaltou.

O professor Fabrizio sublinhou que, por se tratarem de adolescentes, num primeiro momento eles são mais tímidos e reservados, porém à medida que os encontros ocorrem e os participantes vão entendendo a proposta do projeto, eles interagem mais e adotam as ideias. “E adotam não só nas relações interpessoais no âmbito escolar, mas também é algo que eles levam para a vida, para fora da escola e como um ensinamento futuro”, completou, adiantando que o projeto ainda não chegou na sua etapa final. “Mas podemos adiantar, de forma preliminar, que temos recebido relatos que, mesmo durante a pandemia de Covid-19, os casos de bullying continuaram, inclusive sob o formato do bullying virtual”, revelou.

Como funciona

Os professores e alunos executam estudo e reuniões de equipe, preparam material pedagógico para sua utilização na execução do projeto e realizam oficinas. Há, ainda, a participação das pessoas da comunidade escolar para visar o empoderamento e autonomia local na utilização das técnicas da Justiça Restaurativa.

Segundo o professor, uma das etapas só é realizada quando houver relato de ocorrência de bullying. “Ao final, apresentamos os resultados do projeto, tanto em eventos acadêmicos como na mídia”, explicou.

Para a professora Cristina, o reconhecimento que vem pela indicação ao Prêmio Innovare é bastante merecido. “A grande relevância dessa ação é justamente trabalhar aspectos acadêmicos nas escolas. Antes de precisar da Justiça Restaurativa, se trabalha na questão da prevenção, que é um grande mérito do trabalho”, comentou.

Eficiência

De acordo com os professores, a Justiça Restaurativa tem se apresentado como uma das formas mais eficientes de resolução de conflitos decorrentes da prática de bullying pois, em muitos casos, é possível uma reconciliação, perdão, confissão e arrependimento por meio do diálogo.

“Nem sempre a vítima quer ver seu agressor punido, muitas vezes ela só quer reparação pelo dano e ser ouvida, o que é proporcionado pela Justiça Restaurativa”, avaliou Fabrizio.

O projeto está inserido no Programa Território Paulo Freire II. “Importante salientar o apoio das coordenações dos cursos de Direito, na pessoa da professora Márcia Piazza e de Psicologia, a professora Karin Martins Gomes, bem como pelo Departamento de Extensão da Unesc, com as professoras Fernanda Sônego e Sheila Martignago Saleh, que em outra oportunidade já orientou esse projeto, tendo sido a sua mentora”, lembrou o professor Fabrizio.

Participam ainda do projeto de extensão as bolsistas Barbara Andrade, Lara do Canto Marques, Michelle R. Hoffmann e Vitória Camilo Vieira e a professora orientadora Marja Mariane Feuser. A psicóloga Martinha Rosa também colabora na capacitação dos envolvidos.

O prêmio

O Prêmio Innovare é realizado pelo Instituto Innovare com o apoio de várias instituições parceiras entre as quais o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), a Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep), a Associação dos Juízes Federais (Ajufe), o Conselho Federal da OAB, a Associação Nacional dos Procuradores de República (ANPR), a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Grupo Globo.

Este ano, o Innovare chegou à sua 18ª edição com o tema “Defesa da igualdade e diversidade”, confirmando seus propósitos de fomento à Justiça brasileira, inclusive com a participação da sociedade civil. As sete categorias desta edição têm tema livre: Tribunal, CNJ Tecnologia, Juiz, Ministério Público, Defensoria Pública, CNJ Advocacia e Justiça e Cidadania. Os vencedores serão conhecidos em 7 de dezembro.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

01 de novembro de 2021 às 09:54
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