Gilberto Rufino relembra guerra civil, esforços de paz e a reconstrução de Angola
Paz em 2002
Depois da independência, e durante um tempo, tentou-se um governo de transição, que não deu certo e começou a guerra civil interna, que durou de 1975 a 1991. Somente em 1992 aconteceriam as primeiras eleições partidárias e presidenciais de Angola. O Protocolo de Lusake, assinado em 1994, na Zâmbia, sob mediação de Alione Blound Beye, representante das Nações Unidas em Angola, é considerado um marco. A partir dele, foi construído o governo de união e de reconstrução nacional, constituído por partidos com assento no parlamento, fruto das eleições de 1992. A paz definitiva só seria alcançada em 2002, depois da morte de Savimbi e da desmobilização das tropas da UNITA, quando parte delas foi integrada às Forças Armadas, e do memorando de entendimento de Luena, assinado em 04 de abril daquele ano.
Destruição da guerra
"O país estava cansado da guerra, de tanto sofrimento", diz Rufino. "Nossa juventude tinha que trabalhar e estudar para ajudar a reconstruir nosso país", diz. Para se ter uma idéia da situação gerada pela guerra, ele conta que dos 14 milhões de cidadãos angolanos, 75% deles vivem em Luanda, única zona segura. Cidades inteiras foram destruídas, assim como seus hospitais e escolas, pontes quebradas, desnutrição, fome, miséria eram os desafios que o povo angolano teve pela frente.
Reconstrução nacional
Com o fim da guerra em 2002, o governo desencadeou um programa de reconstrução nacional, onde a educação de seu povo tem absoluta prioridade. Atualmente, Angola se encontra em reconstrução. Em todas suas províncias existem obras em vários setores, as estradas que ligam as províncias já estão parcialmente reabilitadas, assim como seus serviços de educação e saúde. Em setembro passado, nas eleições legislativas, o MOPLA ganhou 191 cadeiras no Parlamento, a UNITA 16, o PRS oito, a FNLA três e o ND duas. Pela primeira vez o MPLA vai governar o país sem guerra. 11 de novembro de 2008 às 22:10
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