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O Desafio da Sucessão em Empresas Familiares foi tema de palestra agora à noite

O Desafio da Sucessão em Empresas Familiares foi tema de palestra agora à noite
Janete Triches Mais imagens
No Brasil, cerca de 80% das empresas são familiares. De cada 30, apenas uma chega a terceira geração. Esses números, por si só, já demonstram a extrema importância dos proprietários reservarem parte do seu tempo para definirem estratégias de sucessão. Ao fazerem isso, estarão ganhando tempo, energia e muito dinheiro. Outro ganho é que com a continuidade da empresa, de certa forma, mantêm a perenidade da própria família.

O alerta e a sugestão é do economista mestre em Estratégia Empresarial, Fernando Villarinho, que esta noite (13) ministrou palestra na Unesc. O sócio da Plano Consultores esteve na universidade à convite da disciplina Seminários Temáticos e Visitas Técnicas dos cursos de Tecnologia em Gestão em Processos Gerenciais, Marketing, Recursos Humanos e Comercial. O ex-diretor do Grupo RBS e Organizações Globo foi recepcionado pela coordenadora Elenice Padoin Juliani Engel, pelo adjunto Valtencir Pacheco e pelo professor da matéria Volmar Madeira.

Planejamento

Dentro de uma empresa, é comum os administradores se preocuparem com planejamento estratégico, planejamento financeiro e planejamento de vendas. Planejar a sucessão é tão importante quanto esses planejamentos porque um dia você irá partir, diz Villarinho. Ele lembra que a escolha dos sócios é feita somente pela primeira geração. Da segunda em diante, os sócios são decorrentes de parentesco, não de escolhas. E aí começam os problemas. "Gasta-se tanto tempo para resolver conflitos internos que não se consegue mais administrar e se esquece dos concorrentes" diz, reforçando o alto índice de mortalidade das empresas familiares provocado por problemas societários e não de mercado.

Receita

Ainda hoje, segundo o professor, tratar de sucessão nas empresas familiares é tabu, porque "é difícil abrir mão do poder que nos encanta". O ideal seria as pessoas buscarem outra coisa que lhes desse satisfação, abrindo espaço assim para novos dirigentes.  Apesar das dificuldades, ele sugere que os sócios discutam quem vai lhes suceder, a partir de quando e o que vai acontecer com aqueles que serão preteridos. Para alguns, diz Villarinho, a sucessão é motivo de orgulho. Para outros, que sonharam em ser médico, advogado ou outra profissão, é um peso. Ele faz questão de ressaltar que não existe hora certa e nem receita mágica e que cada família deve buscar sua própria receita, a partir do tipo de atividade que desenvolvem e da maturidade dos herdeiros.  13 de outubro de 2008 às 20:59
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