Homem é responsável direto no aquecimento global, alerta cientista do IPCC
A participação do pesquisador foi realizada por meio de webconferência, tendo como base o INPE, em São José dos Campos, e viabilizada com o suporte técnico do SEAD (Setor de Educação a Distância) da Universidade. Aspecto, por sinal, destacado por ele como "uma forma de reduzir a emissão de carbono, sem o deslocamento de avião".
Desafio do século XXI
Enfático e bem articulado, do ponto de vista da comunicação, Nobre iniciou sua conferência apresentando aspectos gerais do efeito estufa, de origem natural, cujo efeito foi fortemente ampliado nos últimos 200 anos pela ação da sociedade humana. "Temos aqui o maior desafio neste século XXI", destacou ele. "Não só é necessário reduzir drasticamente as emissões de carbono, como também preparar as populações humanas para se adaptar aos novos cenários provocados pelos fenômenos climáticos que deverão ocorrer", advertiu.
Nobre observou que o efeito dos gases estufa não é local, é global, Portanto, o uso de combustíveis fósseis – petróleo e carvão mineral – ajuda a agravar o aquecimento do planeta, representando 80% da emissão de CO2. Segundo o cientista, os Estados Unidos e a China são os maiores poluidores do planeta, ficando o Brasil como o que mais polui entre os países emergentes, em razão do desmatamento, com destaque para a destruição da Amazônia. "A crise ambiental no planeta só não é mais grave porque os oceanos e as florestas ainda funcionam como sumidouros de carbono, mas já estão com os dias contados", informou.
Para o pesquisador, a realidade do aquecimento do planeta é complexa e requer uma solução global. Os países precisam continuar crescendo para atender suas demandas, mas é imperativo a busca de fontes renováveis de energia para promover o processo que chamou de "descarbonização" da terra. "O que se fez até o hoje para reduzir os índices de emissão de carbono é muito pouco", afirmou, destacando a quase nulidade do Protocolo de Kyoto. 18 de março de 2008 às 14:58
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