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Elas querem – e podem – mais

Elas querem – e podem – mais
Fernanda divide o tempo na Unesc entre sala de aula e pesquisa (Foto: Mayra Lima) Mais imagens

Elas são cerca de 105 milhões em todo o Brasil e correspondem há mais de 51% da população, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Estamos falando das mulheres. Elas, que são responsáveis pelo sustento de quatro em cada dez casas brasileiras, que dividem o tempo entre trabalho, família e estudos, que correspondem a 57% da força de trabalho, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

E para falar sobre o Dia Internacional da Mulher, conversamos com a professora da Unesc, Fernanda Lima. Mulher e negra, ela representa nossas estudantes, professoras e funcionárias que vão atrás de seus sonhos e ajudam a construir com força, coragem e sensibilidade a nossa Universidade.

Graduada em Direito pela Unesc em 2007, Fernanda fez mestrado (2010) e doutorado (2015) na área na UFSC e hoje é professora nas disciplinas de Direitos Humanos e de Políticas Públicas no mesmo curso em que se formou. Além disso, é professora do PPGD (Programa de Pós-Graduação em Direito) e pesquisa temas relacionados com Direitos Humanos, Direitos Humanos e de Crianças e Adolescentes, relações raciais no Brasil, feminismo negro, igualdade e não discriminação. “Sempre fui a única acadêmica negra na minha turma do curso de Direito. No mestrado e doutorado da UFSC também não havia a presença de negros, nem entre os alunos e nem entre os docentes, com exceção de uma professora negra que ingressou em 2014”, conta.

E essa situação foi um dos motivadores da sua pesquisa. Inclusive na Universidade, ela tem desenvolvido pesquisas no âmbito da graduação e em nível de mestrado relacionadas ao feminismo negro, com a participação das bolsistas: Larissa de Fáveri Mattei (acadêmica de Direito) na pesquisa: “Da escravidão para o trabalho doméstico no Brasil: as desigualdades entre as mulheres brancas e negras no processo de empoderamento à luz das teorias raciais feministas e da discriminação interseccional” e Zaira da Silva Conceição (aluna de Psicologia) na pesquisa: “A invisibilidade da mulher negra nas teorias feministas de base: uma análise a partir da obra Reivindicação dos Direitos da Mulher de Mary Wollstonecraft de 1792.”

Dar voz

“Neste 8 de março é preciso também dar voz às mulheres negras, pois as suas demandas e os processos de violência que sofrem são diferentes das violências sofridas pelas mulheres brancas. As mulheres negras ainda carregam as marcas da escravidão, têm seus corpos objetificados e hipersexualizados. As mulheres negras sofrem, além das discriminações pela condição feminina, também a discriminação racial e que muitas vezes vem associada à questão de classe”, comenta.

Negras, brancas, doutoras, semianalfabetas, donas de casa, cientistas, atletas, mães, chefes de família. Não importa quem sejam. Elas estão por todos os lados lutando cada dia pelo que acreditam. Ainda não percebeu? Então observe melhor. As mulheres estão ocupando – com muita luta e esforço – todos os lugares.

 

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

08 de março de 2017 às 09:35
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1 comentário

Normelia Ondina Lalau de Farias

13 de março de 2017 às 10:59

Parabéns pela matéria.

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