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Professor fala da missão da educação e sua impossibilidade de neutralidade

Professor fala da missão da educação e sua impossibilidade de neutralidade
Zeca Virtuoso Mais imagens
"Em alemão, o termo educação quer dizer processo de construção. A missão última da educação é a transformação. Para Kant, é o processo pelo qual o ser humano busca a máxima perfeição possível. A prática pedagógica não é neutra. É uma prática política porque tem uma intencionalidade, é um processo que trabalha o conhecimento. E o conhecimento é político, porque será sempre a favor ou contra algo." As reflexões foram feitas pelo professor doutor Raimundo Helvécio Almeida Aguiar (UFRGS). Ele foi um dos conferencistas na noite de ontem na abertura do VI Seminário Interdisciplinar dos cursos de Licenciaturas da Unesc "Ambiente, Sociedade e Cultura: Desafios para a Educação no Século XXI, que vai até esta sexta-feira, 01 de setembro, em vários locais no campus e na Satc. O vice-reitor Gildo Volpato esteve presente nesta conferência, que foi presidida pela professora coordenadora da Pedagogia Guiomar Bortot e teve o apoio técnico do professor Éverson  Ney H. Castro.

Segundo o professor Almeida Aguiar, a educação é constituída por dois elementos: professor e aluno, que são co-princípios deste processo conhecido como educação. "Deste ponto de vista, o professor domina aqueles conhecimentos específicos que ensina.  Na medida que o aluno vai dominando aqueles conhecimentos, ele vai deixando de ser aluno e vai se aproximando do professor, sendo menos aluno e mais professor. Ai do aluno que não superar o professor", adverte. "A educação é reprodução , é contradição, é transformação, é busca permanente, constante do conhecimento, que nunca é, mas está sempre sendo, porque feito por nós." Convicto da impossibilidade da neutralidade, cita os três enfoques epistemológicos, paradigmas, teorias do conhecimento ou visões de mundo, usados na formação dos professores: positivismo, fenomenologia e materialismo histórico-dialético. "O primeiro modelo afirma que as coisas são assim porque Deus quer. No segundo, o sujeito é o ponto de partida, somos nós que determinamos a realidade. O terceiro paradigma mostra a possibilidade de interação entre o sujeito e o objeto, o mundo é perfeitamente conhecido e devemos buscar conhecê-lo ao máximo", ensina.  
 
Legislação Básica que embasa a formação de professores:
 
# Decretos: 3.276/ 1999, 3.554/ 2000,
# Lei LDB 9.394/ 1996.
# Resoluções: CNE / CP 1 / 1999, CNE / CP 1 / 2002, CNE / CP 2 / 2002 e CNE / CP 1 / 2006. # Pareceres: CNE / CP 009 / 2001, CNE / CP 21 / 2001, CNE / CP 027/ 2001, CNE / CP 028 / 2001.
# Portaria 1403/2003.
Fonte: Escritos do prof. Dr. Raimundo Helvécio Almeida Aguiar
29 de agosto de 2006 às 15:19
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