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“Construção de um mundo de paz começa na mudança de atitude de cada pessoa”, diz Dulce Magalhães

A violência do mundo contemporâneo não é um fenômeno isolado, distante das pessoas que não vivem de perto de guerras ou outros eventos desta natureza no meio social. Tudo que acontece no planeta envolve cada pessoa, porque tudo está ligado a tudo. Esta idéia, da educadora e escritora Dulce Magalhães, foi apresentada na última sexta (25/8), durante a aula inaugural dos cursos Tecnológicos e Seqüenciais da Unesc, falando do tema "Construindo um mundo de paz". Na ocasião em que aproveitou para divulgar o Festival Mundial da Paz – evento que será desenvolvido em Florianópolis, de 1º a 6 de setembro, em Florianópolis – a palestrante também convidou o público presente para que faça sua adesão ao movimento que pode transformar o mundo a partir de gestos concretos de cada pessoa. O evento teve a parceria da Comissão Distrital do Interact Club - D.4651 do Rotary Internacional.

Falando a um público atento durante quase uma hora e meia, Dulce chamou atenção para um aspecto corriqueiro na vida em sociedade. "Construímos um mundo de escassez a partir do nosso cérebro. Considerando-o muito difícil, procuramos pensar as coisas a partir de nós mesmos, reproduzindo o egocentrismo", afirmou. "Assim, promovemos competição em busca de acúmulo, gerando desigualdades e exclusão", acrescentou. "A realidade pode ser outra, com solidariedade no lugar do egocentrismo, cooperação no de competição, e partilha no lugar de acúmulo", completou.

A palestrante defendeu também a idéia de que a mudança de um mundo violento para um mundo de paz passa pela alteração da percepção de realidade do ser humano. "O jogo da realidade é aquilo que alimentamos em nós", sustentou. Portanto, explicou Dulce, nossos pensamentos constroem a estrutura em nós. "Reproduzimos o tempo inteiro coisas negativas. Precisamos nos abrir para outras perspectivas", sugeriu. Para Dulce, o caminho da paz no planeta pode começar a ser efetivado a partir do Festival Mundial da Paz, que terá ações paralelas nos cinco continentes. "Vamos tirar proposições desse evento para ser incluido nas políticas públicas dos diversos países", antecipou. 28 de agosto de 2006 às 15:17