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Exposição e comercialização de artesanatos e alimentos abrem evento na Unesc

Daniela Savi Mais imagens

Peças em tricô, crochê e patchwork, materiais cerâmicos, roupas, toalhas personalizadas, vasos e cestas de fibras, além de alimentos podem ser encontrados na 2ª Feira de Economia Solidária, que iniciou hoje (12/6), na Unesc, com exposição destes e de diversos outros produtos feitos por artesãos e agricultores da região. O intuito do evento é provocar uma discussão sobre os modos de viver e produzir sob o modelo de autogestão e solidariedade, e fortalecer o Fórum de Economia Solidária na região. 

O casal do Bairro São Defende, em Criciúma, Ivonete Barbosa Speck e Lourivaldo Speck trabalha há quase 20 anos com o artesanato e busca sempre inovar. A última atividade e que está sendo bem comercializada, segundo eles, é a rosa em vime. “Sempre trabalhei com caixas em madeira e em uma das feiras que participamos comprei um vaso com rosas feitas em vime. Buscamos mais detalhes na internet e depois de três meses conseguimos criar nosso produto”, explicou Ivonete, que faz parte da Uniart (Associação dos Artesãos de Criciúma). “Foi uma alternativa que encontramos para incrementar nossa renda”, complementou ela. 

Além da criação do produto, Lourivaldo enfatizou que ele também fez as suas próprias ferramentas. “Fiz 12 e aproveitei somente quatro. Mas hoje é muito bom ver o trabalho dando certo. Cada peça tem sua peculiaridade. É um trabalho muito delicado”, destacou. A filha Rosangela também é uma das expositoras. Ela está comercializando peças em biscuit e com porongo, como as galinhas, ideais para enfeitar as cozinhas.

“Cada lugar que é realizado uma feira ou uma exposição nós participamos. É uma maneira de divulgarmos nosso trabalho”, ressaltou a outra expositora, Simone Milak Natal que faz trabalhos em cerâmica. A técnica em cerâmica e também aluna do curso de Artes Visuais da Unesc contou que uma peça, dependendo do tamanho, leva em torno de um mês para ficar pronta. “Primeiro é feito o processo de modelagem, depois vem o acabamento e secagem, queima, esmaltação e queima novamente. O processo de secagem é muito delicado”, enfatizou. Ela também faz número residencial artesanal e comercializa no Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. 

As integrantes da Cáritas Diocesana de Criciúma lembraram que esta é a primeira participação em uma feira. “Estamos na Cáritas desde novembro do ano passado. Hoje estamos comercializando cachecóis, blusinhas e calças legues. “É um incremento no orçamento familiar”, mencionou Paula Magnus Fraga Pereira, que estava ao lado da colega Acirete Ramos Pereira.

A Cáritas está com sete grupos e também está expondo cestos, vasos e esteiras em fibras, sabão caseiro, biscoitos e artesanato. A feira será realizada na Unesc até quinta-feira (14/6) e é aberta ao público em geral. Apresentações culturais também marcaram a abertura do evento.

Programação

Oficinas com produção de sabão caseiro, biscuit, alimentação alternativa, troca de sementes crioulas, palestras, cursos, mostras e atividades culturais fazem parte da programação, que é articulada pelo PAES (Programa de Ações em Economia Solidária) em parceria com a UNA CSA (Unidade Acadêmica de Ciências Sociais Aplicadas) da Unesc. 

O Chá de Prosa, uma das atrações, contará com a colaboração da Pastoral, que vai ensinar a fazer chás, além de distribuir as plantas. Escolinha de cinema também faz parte da programação. As oficinas são gratuitas e os interessados poderão fazer as inscrições diretamente no local das atividades. Amanhã (13/6), às 20h30, haverá desfile de confecções e acessórios reciclados com a comunidade Mirasol.

“Interessados também vão poder realizar visitas orientadas para conhecer não só a Unesc, mas os produtos oferecidos durante a feira”, comentou uma das organizadoras, professora doutora Patrícia Martins Goulart.

 

Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net