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Antenas, celulares e radiação em discussão durante Audiência Pública

Antenas, celulares e radiação em discussão durante Audiência Pública
Davi Carrer Mais imagens

De um lado a afirmação de que há como unir qualidade de saúde com acesso à comunicação sem fio. Do outro, que é impossível dar cobertura à demanda criciumense com a atual legislação. E ainda a discussão sobre os malefícios causados pela radiação das antenas e dos celulares. Estes foram algum dos assuntos levantados durante a Audiência Pública, realizada na Semana do Meio Ambiente 2011 da Unesc, no Auditório Ruy Hülse, em parceria da Universidade com a Câmara Municipal de Criciúma.

“Não há dúvidas que a comunicação sem fio veio para ficar, sendo que é compatível você ter uma qualidade de saúde e de sinal. Em alguns lugares no mundo a telefonia tem muito mais restrições que Criciúma e funciona muito bem”, destacou o professor doutor Alvaro de Almeida Salles (UFRGS), uma das referências nacionais sobre efeitos da radiação não-ionizante (antenas, celulares, rádios, TVs e wireless, entre outros).

Os representantes das empresas Oi, Vivo e Tim, não concordaram com Salles e rebateram dizendo que Criciúma tem uma das legislações mais restritivas. “Se as estações (antenas) não forem instaladas não vai funcionar”, afirmou Claudio Vieira Castro (Vivo). Já Gonçalo Pereira (Oi) salientou que Criciúma ficou dez anos parada no tempo. “Tem pelo menos três, quatro anos que não colocamos antenas aqui devido à legislação”, informou Paulo Domingos (Tim).

Durante toda a explanação Salles utilizou pesquisas científicas para confirmar suas falas, sendo que uma delas foi desacreditada por Castro, que prontamente recebeu um início de vaias do público presente no Auditório, na maioria, acadêmicos e professores

Dados apresentados por Salles

Salles trouxe dados científicos, que comprovam o dano a saúde causado por radiações não-ionizantes. “Os celulares não deveriam ser feitos para se falar próximo à cabeça. Isso foi um erro. Uma sugestão era as empresas produzirem celulares sem microfone e alto-falante, obrigando o uso do fone de ouvido”, refletiu. Ele ressaltou que não podemos esperar parar tomar previdências. “Se houver danos, quem vai pagar a conta?”, questionou.

Sobre os riscos às mulheres grávidas, Salles destacou que os filhos têm mais chances de nascer com transtornos. E que mesmos as crianças que nascem saudáveis têm mais chances de ter transtornos se utilizar o celular precocemente. “A penetração da radiação na cabeça de uma criança é muito maior”, afirmou.

“Hoje são 5 bilhões de terminais móveis (celulares) no mundo. A comunicação (sem fio) movimenta 3 trilhões de dólares por ano”, lembrou.

Audiência Pública

A Audiência Pública vem discutir a lei criciumense sobre instalação de antenas, com limite de 300 metros de edificações, quando a lei federal restringe a apenas 50 metros de escolas, universidades e hospitais. “Quando se pensa em retirar esta lei não tem como não se perguntar: é seguro?”, refletiu a vereadora Romanna Remor, presidente da Comissão de Fiscalização, Controle e Orçamento da Câmara.

O assunto é destaque internacional após a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarar o uso do telefone móvel como “possivelmente cancerígeno”.

Confira a programação completa

A Semana do Meio Ambiente continua até sexta-feira (4/6), com oficinas, debates e palestras, tendo como tema central “Emergências ambientais e cidadania”.

Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net

02 de junho de 2011 às 22:51
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1 comentário

José Cacio da Rosa

03 de junho de 2011 às 01:40

A UNESC como Universidade comunitária devia é banir as conexões sem fio e voltar ao cabo para o bem de todos.

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