Testes com substância da maconha na Unesc levantam nova possibilidade de tratamento para doenças como esquizofrenia e Parkinson
O uso do canabidiol, substância presente na maconha (Cannabis sativa), na terapia de doenças como a esquizofrenia, fobia social e doença de Parkinson está muito próximo de se tornar realidade. As propriedades desse componente, tecnicamente chamado de CBD, estão sendo testadas numa pesquisa em desenvolvimento pelo INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina), que é formado pela Unesc, USP/Ribeirão Preto, PUCRS, UFRJ e UFRGS. Os resultados são promissores. “Já realizamos os testes em modelos animais e agora estamos testando em humanos. A resposta ao uso do canabidiol é muito animadora”, avalia o professor doutor José Alexandre Crippa, um dos cientistas envolvidos na pesquisa, da Faculdade de Medicina da USP/Ribeirão Preto.
O estudo está sendo realizado simultaneamente nos cinco centros de pesquisa. Na Unesc, o setor envolvido é o Neurolab (Laboratório de Neurociências), vinculado ao PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde), com coordenação do professor doutor João Quevedo. Testes realizados em animais induzidos a comportamento similar ao de pacientes acometidos de transtorno bipolar, depressão ou danos cognitivos de sepse (infecção generalizada), por indução, também vêm comprovando a eficácia dos efeitos do CBD.
“Nossos estudos sugerem que esta substância pode funcionar como neuroprotetor no transtorno bipolar, por exemplo, apresentando efeitos antidepressivos, além de também melhorar a memória em animais submetidos à sepse”, informa Quevedo.
A substância em estudo, conforme advertem os pesquisadores, não apresenta o mesmo efeito da maconha, não sendo, portanto, agente de alteração da estrutura física e mental nos seres humanos.
Derivado sintético
O novo passo da pesquisa, a partir da efetiva comprovação das propriedades medicinais do CBD, segundo Crippa, é o desenvolvimento de um derivado sintético da substância. “Seria necessária uma grande quantidade de plantas de cannabis para a sua extração, algo inviável no momento”, explica. O pesquisador antecipa que faltam poucos anos para que a pesquisa alcance o seu final e possa entrar no rol de novos medicamentos, em benefício da sociedade.
O INTC foi criado em 2009, com o objetivo de apontar caminhos de tratamento de doenças nas áreas de psiquiatria, neurologia, reumatologia e oncologia. O método translacional utilizado pelo instituto tem na pesquisa básica, em laboratório, seu ponto de partida, para aplicação médica em diagnóstico ou tratamento. O projeto é mantido com recursos do CNPq, para o qual foram canalizados, no ano passado, R$ 4,6 milhões.
Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net
29 de abril de 2010 às 17:597 comentários
Marcel
01 de maio de 2022 às 09:42MUITO OBRIGADO A TODOS EOS ENVOLVIDOS NESSE ESTUDO,POR SORTE VI QUE O CBD AJUDARIA NA SEPSE acima de 2000, junto com a covid omicron e pneumonia,meu avô com 93 anos esse ano faz 94 foi curado de tudo em 3 semanas e rejuvenesceu 15 anos
Angela Franco
18 de setembro de 2014 às 17:27Excelente notícia este novo tratamento,porém poderia haver uma divulgação dos estados onde está sendo feito testes em humanos.Tenho interesse de saber em Salvador-BA.
Caroline
08 de maio de 2010 às 13:08Achei bem interessante! tenho dois tios com a Doença de Parkinson, e um deles esta tomando chá da maconha (verde).
marcos
04 de maio de 2010 às 19:38que bomm ne
Allan
30 de abril de 2010 às 13:27Mas que fique bem claro que o uso de maconha não é medicinal, mas sim uma substância presente nela.
eduardo
30 de abril de 2010 às 12:11A presente pesquisa é de muita valia, pois alem de desenvolver um remédio ou antidoto contra doencas mentais, dismistifica o preconseito para com a pranta!!!
Richer Matos
29 de abril de 2010 às 18:29A maconha já é considerada erva medicinal nos Estados Unidos, principalmente no Estado da Califórnia. Aqueles que forem ao médico e ganhar uma receita, podem comprar maconha em uma máquina
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