Professor diz que quem não lê não escreve
Não se pode falar em escrita sem se falar em leitura, porque ambas fazem parte de um processo indissociável. A produção escrita de um texto é moldada pela nossa leitura. Livros moldam livros, reportagens moldam reportagens, ensaios moldam ensaios, peças teatrais moldam peças teatrais e poemas moldam poemas. Em suma, quem não lê, não escreve. E quanto maior nossa leitura, maior nosso potencial de escrita. A reflexão é do professor doutor José Roberto Basto O'Shea (UFSC), bolsista de produtividade em Pesquisa 2 do CNPq, durante a abertura do 10º Ciclo de Ensino do curso de Letras, na noite de segunda-feira (12/4).
Quando fala de escrita, o pesquisador diz que ela é um exercício de idas e vindas do autor com ele mesmo e com terceiros, como revisor, editor e leitor. “O problema crucial da revisão não tem sido explorada pelos teóricos”, afirma. Ao abordar a sintonia entre leitura e escrita, O,Shea diz que se deve ler, na medida do possível, textos modulares dos mais variados estilos. Textos modulares, esclarece, são aqueles que a forma e o conteúdo estimulam, emocionam, o leitor.
Bossa Nova
Antes da palestra do professor da UFSC, estudantes e professores do curso de Letras foram presenteados com o som da Bossa Nova. O professor João Francisco Marques Monteiro brindou os presentes com duas canções de Vinicius de Moraes e Toquinho: Chega de Saudade, canção marco daquele gênero musical, segundo ele, e Carta ao Tom, onde os artistas contam da saudade da zona Sul carioca e de Ipanema. A Bossa Nova, explicou o professor, transformou o violão de um símbolo dos “vagabundos dos morros cariocas”, em instrumento musical das classes média e alta, quando por volta dos anos 60 e 70 começou a ser usado nas rodas de samba dos seus apartamentos.
Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net
12 de abril de 2010 às 20:55
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