Publicado em: 15/06/2025 - 00:00

Autor (a): imo@unesc.net

O comércio exterior no Sul de Santa Catarina demonstra força e diversidade, com destaque para produtos primários, manufaturados e insumos industriais. De maio de 2024 a maio de 2025, as exportações da região atingiram seu ápice em novembro de 2024, somando US$ 105,95 milhões, com uma leve recuperação em maio de 2025, totalizando US$ 73,88 milhões. Entre os produtos mais exportados, destacam-se sementes e frutos oleaginosos (US$ 24,12 milhões), produtos cerâmicos (US$ 9,10 milhões) e reatores nucleares, caldeiras e máquinas mecânicas (US$ 6,57 milhões), refletindo tanto a base agrícola quanto industrial regional.

A análise municipal evidencia a liderança de Imbituba, com exportações de US$ 27,45 milhões, seguida por Criciúma (US$ 9,75 milhões) e Içara (US$ 5,33 milhões). “A infraestrutura portuária de Imbituba e a vocação industrial de Criciúma são fundamentais para explicar esses resultados”, comenta Dr. Afonso Valau de Lima Júnior, do Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e Inovação da Unesc. Municípios como Jacinto Machado e Maracajá não registraram exportações, evidenciando a concentração econômica em polos estratégicos.

Quanto às importações, o total regional atingiu US$ 112,14 milhões em janeiro de 2025, com predominância de plásticos, alumínio e máquinas. Criciúma desponta como principal município importador, movimentando US$ 41 milhões, seguido por Imbituba (US$ 26,2 milhões). A balança comercial municipal mostra superávits em Imbituba (US$ 10,6 milhões) e Cocal do Sul (US$ 3,4 milhões), enquanto Criciúma registra déficit de US$ 31,8 milhões.

O Sul de Santa Catarina também revela uma inserção internacional estratégica: a China figura como principal destino das exportações (US$ 24,5 milhões) e maior fornecedor de importações (US$ 27,3 milhões), seguida por Estados Unidos, Argentina e países sul-americanos vizinhos. Essa diversificação de mercados consolida a região como polo competitivo e articulado no comércio global, evidenciando a integração eficiente entre produção local, infraestrutura e estratégia internacional.