Publicado em: 15/05/2025 - 00:00

Autor (a): imo@unesc.net

As exportações da região Sul de Santa Catarina somaram mais de US$ 100 milhões entre abril de 2024 e abril de 2025, segundo dados do Comex Stat, organizados pelo Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e Inovação da Unesc (OBDESI). O período foi marcado por oscilações mensais expressivas, refletindo fatores sazonais, variações de demanda externa e conjuntura internacional.

O mês de novembro de 2024 registrou o maior volume exportado, enquanto janeiro e julho apresentaram os menores valores, com US$ 61,2 milhões e US$ 62,9 milhões, respectivamente — reflexo de períodos de menor atividade industrial e logística.

A pauta exportadora da região é dominada pelo agronegócio e pela indústria de base. As sementes e frutos oleaginosos lideraram com US$ 24,5 milhões, seguidos de cereais (US$ 8,7 milhões), máquinas e caldeiras (US$ 8,5 milhões), produtos cerâmicos (US$ 8,4 milhões) e tabaco (US$ 7,8 milhões).

Entre os municípios, Imbituba se destaca como principal exportador, com US$ 36,3 milhões, impulsionado pela atuação do Porto de Imbituba. Na sequência aparecem Criciúma (US$ 12,5 milhões), Araranguá (US$ 9,6 milhões), Içara, Cocal do Sul e Forquilhinha. A concentração das exportações nesses polos revela a importância da infraestrutura logística e da presença industrial.

Nas importações, o cenário é igualmente expressivo. O pico ocorreu em janeiro de 2025, com US$ 112,1 milhões, impulsionado pela compra de insumos industriais. Os plásticos e suas obras lideraram com US$ 17 milhões, seguidos de máquinas e equipamentos (US$ 10,4 milhões), alumínio (US$ 9,3 milhões) e combustíveis minerais (US$ 8,3 milhões).

Criciúma foi o principal polo importador, com US$ 41 milhões, reforçando sua dependência de insumos industriais. Em seguida aparecem Imbituba (US$ 26,2 milhões) e Tubarão (US$ 2 milhões). Enquanto isso, municípios como Araranguá, Forquilhinha e São Ludgero registraram superávits comerciais.

Nas associações regionais, a AMUREL foi destaque nas exportações, com foco em sementes e madeira; a AMREC concentrou as exportações de cerâmica e carnes; e a AMESC manteve o tabaco como principal produto.

Os principais destinos das exportações do Sul catarinense foram Coreia do Sul (US$ 15,78 milhões), Estados Unidos (US$ 10,17 milhões) e China (US$ 9,25 milhões), seguidos de Irã e Argentina. Já as importações vieram majoritariamente da China (US$ 33,67 milhões), da Índia (US$ 13,18 milhões) e da Colômbia (US$ 5,05 milhões) — confirmando a forte dependência asiática no fornecimento de bens industriais.