Detentas do Presídio Santa Augusta já podem sonhar com projeto Mãos que Criam
Um projeto desenvolvido pela Justiça Federal em Criciúma, em parceria com a Propex (Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão) da Unesc, está começando a mudar a vida de 24 detentas do Presídio Santa Augusta. Durante todos os dias da semana, de segunda s sexta-feira, das 8 às 12 e das 13 às 17h, elas estão aprendendo a confeccionar toalhas de louça com bordados, colchas, caixas de pet colagem para presente, chaveiros e bolas de pinheirinho de natal. A única exceção são os dois horários semanais destinados ao tratamento psicológico individual e em grupo. Todos materiais usados no projeto Mãos que Criam são oriundos de verbas de condenação criminal.
700 beneficiados
Segundo o juiz Marcelo Cardoso Silva, ao invés de direcionar os recursos das condenações criminais somente às entidades de assistência social, a Justiça Federal resolveu criar seus próprios projetos sociais como meio de transformar, de forma criativa, a vida de muitas pessoas. Atualmente, são atendidas cerca de 700 pessoas. Além das detentas, também são beneficiadas crianças e adolescentes e os autistas do AMA, entre outras.
Vida diferente
A psicóloga e professora de arte terapia, que atua com as detentas desde julho, Camila Milioli Casagrande, diz que os critérios para participar das aulas são gostar de trabalhos manuais e ter paciência para executar as tarefas. Para a detenta Irene Gomes, que esta tarde (20) está no Espaço do Artesanato do campus da Unesc, comercializando os produtos confeccionados por suas colegas, o projeto “faz a gente sonhar com uma vida diferente”. Tão diferente que elas já estão se organizando numa cooperativa.
Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net
20 de outubro de 2009 às 17:25
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