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Solos construídos em áreas degradadas são tema de encerramento de evento na Unesc

O tema "Solos construídos em áreas degradadas pela mineração do carvão" será discutido na mesa-redonda de encerramento do Workshop "Alternativas Biotecnológicas Sustentáveis para o Manejo de Áreas Degradadas pela Mineração do Carvão", na noite desta sexta-feira (28/9). Serão debatedores o engenheiro Alexandre Bugin, diretor da Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental/Regional Sul), e o professor Marcos Back (Unesc), com a coordenação do professor Jairo José Zocche. O evento inicia às 19h30, no auditório Ruy Hülse, numa promoção do curso de Ciências Biológicas e PPGCA (Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais), sendo simultâneo à Semana de Biologia e aos Seminários Interdisciplinares do curso de Ciência Biológicas.

A programação de ontem, quinta-feira, foi marcada à tarde por uma série de apresentações de pesquisas realizadas na modalidade de TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso). À noite, o coordenador de projetos do IPAT, professor Fabiano Luiz Neris, falou sobre o tema "Cartografia como ferramenta para o planejamento e implementação da restauração de áreas degradadas". Na seqüência, o professor doutor Eduardo Luiz Forneck, da UFRGS, apresentou o tema "A Ecologia de Paisagem como ferramenta para o planejamento e implementação da restauração de áreas degradadas".

Sistema cartográfico

Néris apresentou um modelo de Sistema Cartográfico de um PRAD (Projeto de Recuperação de Área Degradada), com imagens aéreas e os produtos cartográficos que constituem um projeto de restauração de áreas degradadas. Conforme ele, nesse sistema, as imagens aéreas, provenientes de cobertura fotogramétrica ou de satélites, são fundamentais para o reconhecimento da área de estudo. "Permitem a identificação dos ambientes e a elaboração de mapas temáticos como: mapa de uso atual do solo, mapa pedológico, mapa geológico, mapa geomorfológico e mapa de zonas homólogas", explicou.

 Ecologia de paisagem

Ao fazer sua abordagem, Forneck destacou a importância de se buscar dados sobre a troca permanente entre espécies vegetais nas diferentes áreas, que são determinantes para a composição de uma paisagem. "Para se restaurar uma área é necessário saber como esta era antes, ao mesmo tempo em que se precisa estudar os ambientes naturais para tentar imitá-los, depois, no projeto de restauração", afirmou. "A movimentação das espécies vegetais é constante e decisiva", reforçou.
28 de setembro de 2007 às 15:09