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Pesquisadora da Unesc realizou estudo na Itália

A mestranda do PPGCA (Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais) da Unesc Paula Tramontin Pavei realizou, nos últimos oito meses, na Itália, estudo na área de ecotoxicologia. A experiência foi realizada junto à Universidade Ca'Foscari, em Veneza, compreendendo uma etapa da pesquisa sobre a bacia hidrográfica do Rio Araranguá, intitulada "Caracterização e estudo do comportamento de compostos orgânicos em ecossistemas aquáticos contaminados pelas atividades de mineração de carvão". O resultado será apresentado na próxima semana, durante a defesa pública de dissertação, no campus.

"Foram meses de crescimento, tanto profissional como cultural, pois conheci pessoas de todo o mundo, além do crescimento científico que um trabalho assim propicia", avalia Paula. Durante sua estada científica na universidade italiana, a pesquisadora foi orientada pelo professor doutor Guido Perin, da Faculdade de Engenharia Ambiental. Na Unesc, ela é orientada pelo professor doutor Carlyle Torres Bezerra de Menezes.

O período de pesquisa de Paula na Itália foi viabilizado a partir de convênio da Unesc com a universidade veneziana, para a promoção de intercâmbio entre os pesquisadores das duas instituições. Os recursos para o estudo foram bancados pelo governo italiano, com a intervenção do Comvesc (Comitê das Associações Vênetas de Santa Catarina), que possibilita bolsas de estudos a descendentes vênetos (de origem da região de Veneza).

O Estudo

A bacia do Rio Araranguá está hoje contaminada, principalmente pela mineração de carvão e pela agricultura, com a água sendo imprópria para o consumo e não existindo formas de vida nela. O trabalho realizado procurou investigar os poluentes orgânicos, pouco conhecidos até o momento, em vez dos metais pesados, já alvo de muitos estudos. Para isso, foram coletadas amostras da bacia e encaminhadas a Veneza, onde a acadêmica pôde estudar sobre os compostos, com o apoio da universidade local. 26 de julho de 2007 às 13:10