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Diga NÃO ao trote violento

Diga NÃO ao trote violento
Professores e alunos buscam alternativas saudáveis de integração (Foto: Mayra Lima) Mais imagens

Primeira semana de aula e a ansiedade já começa a bater. Um novo mundo, novas pessoas e é claro, o medo do trote. Mas na Unesc o lema é outro. Por aqui, professores e estudantes lutam por uma integração que não seja construída por meio da violência e da humilhação. A estudante Gabrielly Ricken, do curso de Farmácia, é uma ativista da causa. Durante estas primeiras semanas de aula ela passou de sala em sala, conversou com diversos calouros e perpetuou a mensagem de um novo conceito.

Gabrielly conta que quando caloura também se sentiu deslocada. “Qualquer um de nós, quando calouro, se sentiu intimidado, envergonhado e deslocado. É totalmente natural esse comportamento devido ao fato de eles não conhecerem o ambiente que estão chegando. Essa intimidação também ocorre pelo medo que os calouros possuem de sofrer algum "trote". Por isso é interessante os veteranos irem até a sala dos calouros para recebê-los e conhecê-los, deixar claro que estão ali para serem parceiros e não inimigos”, comentou a estudante.

Mudando conceitos


De forma simbólica, o trote é um rito de iniciação da vida estudantil para a vida universitária. Em sua essência, ele traz a ideia de confraternização entre os novos estudantes e os veteranos.  Entretanto, uma cultura de violência foi criada.

A prática do trote nas instituições de ensino superior vem desde a Idade Média, e iniciou na Europa, sendo trazida para o Brasil por filhos de famílias nobres que estudavam no exterior – o primeiro ocorreu em 1831. Ao longo dos anos, essa tradição chegou a ocasionar a morte e ferimentos graves, além de humilhações e traumas.

“Há uma ideia retrógrada que se tem do trote, como se ele fosse algo ruim, mas não deveria ser assim. É necessário falar sobre para se restabelecer um novo conceito. Acabar com as humilhações e tornar algo que o calouro faça porque se sente bem. Por isso, como minha primeira experiência como veterana, decidi que gostaria de perpetuar um trote saudável”, ressaltou Gabrielly.

Trote Solidário

Para dar as boas-vindas como se deve, há anos, a Unesc e o DCE realizam o Trote Solidário, que envolve cidadania, solidariedade e interação entre estudantes de diversos cursos. O encontro ocorre como uma forma de gincana, com provas divertidas e de cunho social, como arrecadação de alimentos, medicamentos, sangue, medula óssea e ração para cães.

“Na minha na experiência como caloura, participei do trote solidário. Foi um momento muito especial pra toda a turma, aonde brincamos, rimos, arrecadamos os itens para as provas. Enfim, é um evento riquíssimo para a interação do calouro com o restante da universidade. O trote solidário fez com que nos sentíssemos abraçados pela Unesc”, contou Gabrielly.

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

03 de março de 2017 às 16:26
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