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Juiz Alexandre Morais da Rosa critica sistema econômico e político excludente e punitivo

Juiz Alexandre Morais da Rosa critica sistema econômico e político excludente e punitivo
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O sistema econômico e político hegemônico e dominante no mundo atualmente criou uma sociedade perversa, onde as pessoas são vistas como objetos dentro de uma relação de consumo, fazendo com que seres humanos consumam seres humanos. O vínculo afetivo, amoroso, romântico se foi e a falta de esperança tomou conta. As maiores vítimas deste modelo cruel, sem dúvida, são as crianças e adolescentes que nós, do auto da nossa covardia, queremos excluir com nossas interpretações jurídicas mofadas e ultrapassadas. A reflexão é do doutor em Direito pela UFPR e juiz de Direito na comarca de Joinville/SC, Alexandre Morais da Rosa, durante palestra no 1º Seminário Sul Catarinense dos Direitos do Adolescente: Ato Infracional e Medidas Sócio Educativas, que está acontecendo hoje no campus da Unesc.

Para o juiz, "além de vivemos numa sociedade onde exclusão social campeia", ainda experimentamos o seguinte paradoxo: "o poder Executivo não faz o que deveria fazer, diz que não tem dinheiro para nada devido a Lei de Responsabilidade Fiscal. E o poder Judiciário só pune. Ou seja, as vítimas são duplamente penalizadas".  Para começar a mudar o modelo, ele sugere inclusive ações a nível local como, por exemplo, garantir verbas públicas para as políticas de defesa da criança e do adolescente no orçamento dos municípios para o ano de 2007. "Todos nós sonhamos em ter um bom emprego, um bom salário, um time de futebol campeão, encontrar o amor da nossa vida, sermos felizes. Como profissionais, estamos lidando diariamente com pessoas que não tem mais esperança nenhuma. Precisamos perceber o ato infracional como um sintoma de pedido de ajuda, um espaço para o diálogo, o último ato de resistência daqueles seres humanos que teimam em continuar vivos." 
07 de dezembro de 2006 às 13:21
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