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Nutrição desenvolve projeto no presídio Santa Augusta.

          Todos os 600 detentos do Presídio Santa Augusta de Criciúma estão participando de uma pesquisa que pretende avaliar seu estado nutricional e pontuar se estão dentro do peso ideal, desnutridos ou obesos, segundo seu Índice de Massa Corporal.  A análise do estado nutricional dos detentos faz parte da 1a. etapa do projeto "Enfoque Nutricional" que o curso de Nutrição da Unesc, em parceria com o Programa Educação para Cidadania da Diretoria de Extensão e Ação Comunitária, está desenvolvendo naquela instituição toda segunda-feira pela manhã, desde o início de abril, e que deve durar o ano todo. Posteriormente, será estudado o cardápio e as condições de produção das refeições no local. Todos os envolvidos no projeto, da coordenação às estudantes da 4a. e 5a. fases, são voluntários. O objetivo do projeto, segundo a coordenadora Fernanda Salvador Alves, é melhorar a qualidade de vida da população carcerária e proporcionar prática profissional às estudantes.
       Concluída as fases da pesquisa, segundo a professora, será proposto um cardápio adequado às necessidades nutricionais daquela comunidade e condizentes com as peculiaridades do local, considerando custos, ingredientes e tipo de preparação, entre outros. "Podemos, com os mesmos ingredientes, fazer um cardápio mais saudável, colorido, variado e saboroso", assegura. Os detentos abaixo do peso, em condição de subnutrição, serão orientados a aumentar a ingestão de alimentos, situação inversa daqueles acima do peso, em obesidade. "A pesquisa só começou, mas como eles não possuem uma alimentação balanceada e não realizam atividades físicas periódicas, possivelmente apresentarão peso acima do considerado saudável", diz a pesquisadora.

Nova Técnicas

          A idéia também é ensinar novas técnicas culinárias para os detentos que recebem alimentos dos parentes e fazer ações de educação nutricional aos interessados. Nas visitas dos familiares, geralmente eles recebem alimentos menos saudáveis, como refrigerantes, chocolates, bolachas e outros produtos ricos em açúcar e gorduras. "Esses alimentos", segundo Fernanda, "não beneficiam nosso corpo em nada e só devem ser consumidos esporadicamente. Já as frutas e verduras, que são ricas vitaminas, minerais e fibras, devem estar mais presentes em nosso cardápio. A mudança de tipo de cozimento, aliado a um novo corte de carne ou adição de tempero, ajuda a fazer uma alimentação muito mais saudável", alerta. 25 de abril de 2006 às 17:55