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“Não existe acessibilidade sem sensibilidade”, diz presidente do Conade

“Não existe acessibilidade sem sensibilidade”, diz presidente do Conade
Daniela Savi Mais imagens

“Não existe acessibilidade sem sensibilidade. Acessibilidade não é somente rampas. Deve-se pensar no aspecto arquitetônico, na comunicação e na atitude para implementar uma sociedade acessível”. A reflexão é do presidente do Conade (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência), Moisés Bauer Luiz, que proferiu palestra hoje (1º/6) no Auditório Ruy Hülse, na Unesc, que estava lotado. O evento fez parte do 2º Seminário de Acessibilidade, e reuniu professores, alunos, entidades de Criciúma, vereadores e comunidade em geral. Ele abordou o tema “Acessibilidade: desafios atuais e perspectivas”.

Segundo Luiz, é preciso corrigir falhas da legislação. “Os desafios são muitos, mas só é possível mudar a realidade com esforço de todos. Hoje não estou numa cadeira de rodas, mas amanhã posso estar. Temos que preparar o mundo para todos. Todos os espaços são passíveis de adaptação”, enfatizou.

Ele também lembrou de algumas dificuldades, como a leitura de um livro, um filme ou até mesmo um site. “Atualmente muitos espaços virtuais não estão preparados para os cegos ou com pouca visão”.

O deputado estadual José Nei Ascari lembrou que o deficiente tem que ter acesso à educação, à saúde, ao lazer e à informação. “A verdadeira inclusão social só será possível quando todos tiverem igualdade. Para que sejam incluídas é preciso que as escolas, os teatros, as unidades de saúde, entre outros, sejam acessíveis”, ressaltou.

O promotor de Justiça Luis Marini Júnior destacou que a acessibilidade é uma condição que deve ser estabelecida para todos em geral, e não só para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. 

Desafios

O reitor Gildo Volpato ressaltou que ainda há muito que ser melhorado, mas as leis feitas hoje têm dado resultado. “É necessário oferecer condições gerais para atender as necessidades e hoje as instituições estão voltadas para isso. Atualmente os cursos, na hora de renovar o reconhecimento, têm que atender os requisitos legais. Sintam-se acolhidos e esperamos que todos saiam daqui com muitas ideias e desafios no sentido de melhorar a acessibilidade”, destacou. Todos os cursos da Unesc estão dentro da legislação. 

Também estiveram na abertura do evento o auditor de Santa Catarina, Gustavo Simon Westphal, o diretor geral da Secretaria do Estado de Desenvolvimento Regional de Tubarão, Pedro de Souza, o prefeito de Siderópolis e presidente da Fecam (Federação Catarinense de Municípios), Douglas Warmling, a coordenadora da Sala dos Municípios da Unesc, Maria Julita Volpato Gomes, a vereadora Tati Teixeira e a presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial de Santa Catarina, Rosemeri Bartucheski. Todo o evento foi traduzido por meio da língua dos sinais.

Programação

Debater os desafios atuais e os projetos de acessibilidade, responsabilidade social e inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é o objetivo do 2º Seminário de Acessibilidade, que integra o Projeto Santa Catarina Acessível.

A ação é organizada pelo MPSC (Ministério Público do Estado de Santa Catarina), CREA/SC (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina), TCE (Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina), Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina), Fecam (Federação Catarinense dos Municípios), OAB/SC, UFSC, Acafe, FCEE (Fundação Catarinense de Educação Especial), Uvesc (União dos Vereadores de Santa Catarinense) e AMPCON (Associação Nacional do Ministério Público de Contas), com o apoio local da Unesc, através da Sala dos Municípios, e do Governo Municipal de Criciúma.
 

Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net

01 de junho de 2012 às 14:59
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