Estação meteorológica de Criciúma contribuindo para previsão de catástrofes
De um lado ventos fortes, furacões e enchentes; de outro, calor e seca. Todos esses são eventos naturais difíceis de prevenir, porém hoje, fáceis de prever, e isso graças às novas tecnologias que possibilitam fazer uma previsão do tempo confiável e segura. Hoje a região Sul de Santa Catarina pode contar com esse instrumento que é de extrema importância e benefício para a segurança da população.
Gerenciada pelo IPAT (Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas) nas dependências do Iparque (Parque Científico e Tecnológico), da Unesc, foi instalada há dois anos a primeira estação metereológica automática de Criciúma.
Inaugurada em novembro de 2009, ela foi instalada em uma área de 591 m², em forma octogonal. É composta por blocos de concreto e, em sua volta, um alambrado de 1,5 metro de altura. No centro do círculo de oito lados foi instalada a torre com instrumentos e o pluviômetro (equipamentos que atuam como leitores).
Além disso, foram instaladas outras quatro estações menores espalhadas pela cidade, localizadas no Morro Cechinel, Morro do Céu, Centro e bairro Santa Bárbara.
De acordo com Márcio Sônego, doutor em Meteorologia Agrícola e professor da Unesc, as estações têm contribuído de maneira significativa nas previsões de eventos extremos como ventos, trovoadas, chuvas intensas e geadas. Ele salienta que antes da estação “não se sabia nada sobre a cidade polo da região Sul, nem que ela, talvez devido ao carvão, era uma das mais quentes de Santa Catarina”.
“Um dos eventos que causam maiores danos são os ventos fortes. Em dois anos de operação a estação já registrou 30 ocorrências de rajadas de vento acima de 50 km/h e que podem provocar danos materiais significativos”, afirma o professor.
Funcionamento
Diariamente a estação meteorológica, por meio de seus sensores, capta e mede o clima que está a sua volta, reproduzindo-os em forma de números. Ela mede em tempo real a temperatura, umidade relativa do ar, radiação solar, temperatura do ponto de orvalho, velocidade e direção do vento, precipitação pluviométrica, pressão atmosférica, em valores instantâneos que comporão médias e totais horários e diários.
Defesa Civil
Os dados captados e registrados são enviados via satélite para o banco de dados da Epagri/Ciram que também, de forma automática, os disponibiliza para a população e os atualiza no seu próprio site de hora em hora.
Mesmo com os dados disponibilizados, a cada risco de catástrofe a estação emite um alerta para as outras estações menores, que por sua vez transmitem automaticamente para a Defesa Civil, para que sejam tomadas as devidas providências. A Defesa Civil tem por função, neste caso, alertar a população através da imprensa e mídias disponíveis.
Deste modo, estação e Defesa Civil fazem um trabalho de equipe com o mesmo objetivo: alertar as pessoas para possíveis problemas causados pelos fenômenos climáticos extremos.
É função do IPAT executar o monitoramento das estações, e, na medida em que a estação falha, o Instituto notifica a Epagri/Ciram, que envia técnicos para realizar os reparos necessários.
As cinco estações funcionam de forma independente, contudo os dados emitidos através delas devem ser analisados juntamente para que se chegue, por meio de modelos matemáticos, ao resultado final, ou seja, a previsão do tempo que todos conhecem. Na região de Criciúma, os meteorologistas analisam os dados das estações locais. Já para fazer uma média de âmbito estadual, o cálculo é feito com os resultados de todas as cidades que possuem estações.
Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net
03 de fevereiro de 2012 às 14:563 comentários
Teresinha Maria Gonçalves
06 de fevereiro de 2012 às 15:31Excelente, PARABÉNS IPAT
Fran Protto
03 de fevereiro de 2012 às 20:16Parabéns pela reportagem. Além da linguagem clara, também é de grande valia como instrumento de informação à população da região. Eu, por exemplo, desconhecia a existência da estação.
Márcio
03 de fevereiro de 2012 às 16:26A estação de Criciúma tem comprovado que a região Carbonífera é das mais quentes do estado. Na primeira semana de 2012 a temperatura novamente bateu nos 37°C. Ótima reportagem.
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