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Evento debate causas e consequências do Regime Militar no Brasil

Evento debate causas e consequências do Regime Militar no Brasil
Abertura reuniu estudantes, professores e comunidade (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

Lembrar para que não ocorra novamente é o objetivo maior do evento “50 anos do Golpe de Estado no Brasil”, que iniciou hoje (10/3) na Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense), em Criciúma. Na abertura, estudantes, professores e a comunidade ouviram o filósofo e filho do ex-presidente João Goulart, João Vicente Goulart, traçando um cenário do Brasil antes, durante e pós Golpe de 64, e o supervisor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) em Santa Catarina, o José Álvaro de Lima Cardoso, falando dos reflexos na economia brasileira, nos preços e nos salários dos trabalhadores com o regime.

O dia 1º de abril de 1964 ficou marcado na história com o Golpe de Estado que marcou o início do Regime Militar e em função dos 50 anos do episódio, mais de 640 eventos como o realizado na Universidade estão ocorrendo nos meses de março e abril em todo o país. Na Unesc, debates e reflexões sobre as ações do Governo Militar e discussões sobre os modelos políticos e econômicos adotados na história recente da América Latina, assim como a mobilização popular nestes países estarão em pauta até quarta-feira (12/3). O evento também lembra as vítimas da Ditadura, que perderam suas vidas ou continuam desaparecidas. Só em Santa Catarina, dez pessoas foram mortas ou estão desaparecidas.

“Estamos ‘descomemorando’ os 50 anos do Golpe. De uma intervenção vergonhosa dos Estados Unidos no Brasil, repetida nos demais países da América Latina, que teve todos os seus governos democráticos eliminados”, comentou Goulart, lembrando das propostas de uma reforma de base proposta por Jango, que incluía reformas estruturais nos setores como o educacional, agrário e fiscal, que o ex-presidente não conseguiu concluir.

O painel de Goulart e Cardoso foi mediado pela professora da Unesc Janete Trichês.  Participaram da abertura do evento a pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Universidade, Luciane Ceretta, a representante dos sindicatos dos trabalhadores, Maria Bárbara Righetto, a professora do PPGE (Programa de Pós-Graduação em Educação da Unesc) Giane Rabelo, a coordenadora do curso de Jornalismo da Satc, Lize Búrigo e o representante da UCE (União Catarinense dos Estudantes), Iuri Becker.

A programação do evento inclui ainda lançamento de livros, apresentação dos filmes “O Dia que durou 21 anos” e “Batismo de Sangue”, além de apresentações artísticas como as de hoje (10/3) com os professores da Unesc José Carlos Virtuoso, Jucemar Bitencourt e Richarles de Carvalho apresentando músicas que marcaram a luta contra a repressão e Edegar Generoso e João Marino Vieira, que recitaram uma poesia sobre a tortura durante o regime.

O evento é organizado pela Unesc e pelo Coletivo Memória, Verdade e Justiça João Batista Rita, com o apoio do DCE da Universidade, sindicatos de trabalhadores da região e o curso de Jornalismo da Satc.

Programação

Fonte: Secom

10 de março de 2014 às 22:50
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1 comentário

Marilúcia Silva

11 de março de 2014 às 13:29

A equipe organizadora está de parabéns pela escolha do tema pelos palestrantes, Sr. João V. Goulart e o Sr. José A. de L. Cardoso, expuseram muito bem os temas propostos. Momento importante para se resgatar a memória coletiva politica do cidadão.

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