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A paixão é ingrediente para o sucesso, diz cineasta

A paixão é ingrediente para o sucesso, diz cineasta
Zeca Virtuoso Mais imagens
Para se alcançar o sucesso é preciso passar por muitos "não" e aprender a perseverar até conquistar o "sim". A receita, simples na forma e rica no conteúdo, é do cineasta criciumense Roberto Carminati, palestrante da Aula Magna dos cursos tecnológicos da Unesc (Gestão de Pessoas, Gestão de Marketing e Gestão de Pequeno e Médio Empreendimento) na noite de quinta. Falando para um superlotado auditório Ruy Hülse, o palestrante abordou o tema "Uma experiência de empreendedorismo no cinema".

Carminati falou à atenta platéia como conseguiu ingressar no mundo do cinema e da televisão, num processo nada fácil, marcado por muito trabalho. Autor do longa metragem "Segurança Nacional", que deve estrear no cinema no segundo semestre e traz no elenco atores consagrados como Milton Gonçalves e Tiago Lacerda, o cineasta destacou a importância de se ter uma boa idéia. Mas, mais do que tê-la, saber defendê-la. "É preciso ter paixão, correr atrás dos objetivos, ouvir muitos não, e continuar até ouvir um sim", explicou. Um pensamento aplicável para qualquer projeto ou atividade.

O empenho, a preparação, o comprometimento com os projetos foram outros aspectos assinalados durante a exposição. O palestrante relatou, por exemplo, como conseguiu ganhar apoio para realizar seus trabalhos no concorrido universo do cinema e da televisão. "É preciso se preparar muito e fazer bem feito", apontou. A afirmação veio respaldada da convicção de quem escreveu milhares de páginas até chegar ao roteiro final de um filme, como foi o caso de "Segurança Nacional". Cenas deste último trabalho cinematográfico foram exibidas, enquanto ele discorria sobre o processo de produção, que contou com a colaboração de inúmeros profissionais de Criciúma.

Carminati também comentou sobre sua estratégia para filmar cenas com Lima Duarte durante a minissérie "Amazônia", sabendo tratar-se de um ator exigente. Buscando evitar problemas, acompanhou o trabalho de outro diretor com Duarte, analisando, assim, o melhor modo de lidar com  a situação.

Como diretor, Carminati contou que precisa ter um cuidado especial com o trabalho, preocupando-se com todos os detalhes de uma produção e, sobretudo, com os atores, que são o fator principal do processo. Cada minuto de gravação, conforme ele, custa muito dinheiro, e o processo precisa transcorrer com otimização, sob todos os sentidos.

ROBERTO CARMINATI

Roberto Carminati deixou o curso de Administração, que cursava na Unesc, pelo curso de cinema, no Emerson College, em Boston, EUA, onde se formou bacharel. Na mesma instituição, fez o mestrado em Artes (direção e pós-produção de narrativa), tornando-se professor.

A partir da formação, conseguiu inserir-se no meio cinematográfico, produzindo alguns trabalhos, dentre os quais "A fronteira" (2003) - rodado no Brasil, México e EUA, abordando o drama de brasileiros que tentam atravessar a fronteira norte-americana de forma ilegal na esperança de uma vida melhor.

A experiência com o filme lhe abriu portas na Rede Globo, para a qual atuou como diretor na novela "América" (2005) e minissérie "Amazônia" (2006-2007), e deve iniciar novos trabalhos em breve, enquanto vive a expectativa da definição do lançamento de "Segurança Nacional", que teve apoio das Forças Armadas.
04 de maio de 2007 às 16:06
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