Programação do 15º Maio Negro é aberta com música e compartilhamento de conhecimento
O tema “Negras e Negros em Movimento: Existimos porque Resistimos” norteia, a partir desta terça-feira (21/5), a 15ª edição do evento Maio Negro na Unesc. A ação segue até o dia 28 de maio com debates sobre assuntos como a saúde da população negra, racismo e sociedade e política de cotas. A abertura oficial desta edição foi realizada no Auditório Edson Rodrigues diante de um público das comunidades interna e externa que lotou o espaço e vibrou com a possibilidade de discutir o assunto de forma qualificada na Universidade.
Ao longo de toda a programação, o evento, realizado por meio do Neab (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) da Unesc, contará com mesas-redondas, palestras, lançamento de livro, encontro dos movimentos negros do Sul do Estado, oficinas, apresentações culturais e de trabalhos.
Abertura oficial
A primeira noite de Maio Negro já mostrou o que se propõe o evento. Com abertura feita pelo Projeto Batukart, os participantes iniciaram o período de trabalhos no melhor clima ao som da música Ilê Pérola Negra. O tema do primeiro dia foi a “Origem dos Movimentos Negros” sob o comando da professora mestra e pesquisadora, Ana Julia Pacheco.
Conforme a presidente da comissão organizadora do evento e coordenadora do Neab (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) da Unesc, Normélia Lalau de Farias, a expectativa é de que todos possam aproveitar ao máximo cada oportunidade de discussão e aprendizado ao longo dos dias de atividades. “Espero que seja produtivo para todos e sei que será, pois estamos em um espaço muito importante que é a Universidade, um ambiente de discussão e ação. É a partir do conhecimento que nós conseguimos argumentar e falar acerca dos assuntos. Estamos trazendo esse assunto à tona novamente para que as pessoas não continuem a falar que racismo é ‘mimimi’ quando na verdade é algo muito sério sentido em nosso dia a dia”, salientou.
Para o vice-prefeito de Criciúma, Ricardo Fabris, estar iniciando a 15ª edição do Maio Negro é uma prova de que a semente contra o racismo está sendo plantada de forma contínua na Universidade. “Temos diversos exemplos de que a situação vivida no Brasil é muito pior do que em outros países. O preconceito está em todo lugar, mesmo que muitas pessoas não vivam essa realidade e até não enxerguem que ela existe. Saber que esse assunto está sendo semeado aqui em meio a tanto conhecimento, é o que nos dá a grande esperança de mudança neste cenário”, destacou.
Apesar do orgulho ao ver a organização de um evento tão consolidado e conduzido de forma brilhante, de acordo com a pró-reitora Acadêmica, Indianara Reynaud Toreti, o desejo é de que em um futuro não muito distante não haja mais necessidade de conscientizar sobre assuntos como esse. “Nós temos na Universidade a Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas e se perguntarem se é um orgulho, na verdade talvez não seja. Porque se ainda precisamos discutir esse assunto é porque ainda precisamos avançar muito. Então a nossa luta é, principalmente, para que não tenhamos mais diferenças e que lutar pela igualdade”, completou.
O Maio Negro segue com extensa programação ao longo da semana. Confira aqui a agenda completa.
Assista o vídeo da transmissão realizada ao vivo na noite desta terça-feira pela Unesc TV:
Mayara Cardoso - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
Por: Mayara Cardoso 21 de maio de 2019 às 22:23Dia Nacional da Adoção: momentos para aprender e se emocionar na Unesc
Brincando no balanço, Leticia sorriu. Assim foi o primeiro contato entre o casal, Regina Teixeira e Nilzo Felisberto, e sua filha adotiva. Aos cinco anos, na Associação Beneficente Nossa Casa, a menina buscava um lar. Seus pais adotivos buscavam uma nova história e o destino os uniu. A adoção, motivo de lágrimas e alegrias, foi assunto na Unesc na noite desta sexta-feira (24/5).
O tema foi abordado pelas alunas do Mestrado em Direito da Universidade, Glaucia Borges e Johana Cabral, que trouxeram contextos e histórias relacionadas ao assunto. “Falar de adoção é falar de vidas. Encontramos momentos tristes e passagens alegres. Assim, abordamos o assunto em todos os seus lados, para informar, conscientizar e buscar qualificar a vida de quem tem no ato a esperança de um futuro”, explica Glaucia.
Com a o tema “Amor Sem Medidas”, o evento foi promovido pela Associação Beneficente Nossa Casa, em parceria com a Unesc, Poder Judiciário e Ministério Público, em alusão ao Dia Nacional da Adoção, comemorado em 25 de maio.
O juiz da Vara da Infância e da Juventude e Anexos da Comarca de Criciúma, Giancarlo Bremer Nones, fez parte da mesa de abertura do encontro e reforçou a proposta das mestrandas da Universidade. “Em anos na área, já presenciei os dois lados desta história. É um assunto delicado e que merece cuidados. É preciso esclarecer e reforçar a realidade, muitas vezes triste, sobre o que é a adoção. É um ato sério, e a discussão é fundamental para evoluirmos no assunto”, destaca. O promotor de Justiça, Otávio Augusto Bennech Aranha Alves, também fez parte da mesa de abertura.
A pró-reitora Acadêmica da Universidade, Indianara Reynaud Toreti, avaliou o momento vivido na Universidade como uma oportunidade. Para ela, o assunto é complexo e merece atenção. “Adoção é amor, um sentimento de muitos caminhos. Para a Unesc, é uma grande alegria receber este encontro, pois assim podemos contribuir para uma vida melhor”, afirma.
União pelo amor ao próximo
Fundada em 1999, a Associação Beneficente Nossa Casa é resultado de uma união com o objetivo de compartilhar amor e carinho. O trabalho é desenvolvido na Instituição com um time de colaboradores e voluntários, que se unem para dar um lar, proteger e cuidar dos direitos das crianças e dos adolescentes.
Atualmente, segundo a vice-presidente da Associação, Isabel Cristina de Fraga Feijó, a Nossa Casa abriga 19 crianças em situação de vulnerabilidade. Ela destaca que as atividades só são possíveis com o trabalho em conjunto de entidades da região. “Hoje, conseguimos proporcionar uma rotina de lar, com escola e atividades sociais. Esta conquista é possível graças aos nossos parceiros. Um trabalho feito por muitas mãos e com amor vindo do coração”, afirma.
Representaram o projeto “Cuidado compartilhado à criança e ao adolescente residente em uma casa de acolhimento de Criciúma” os professores, Marco Antônio da Silva e Graziela Amboni. Em nome da Prefeitura de Criciúma, esteve presente a assistente social Gleice da Cunha. Também participou do evento a assessora da Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, Sheila Martinhago.
Leonardo Ferreira - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
Por: Leonardo Ferreira Barbosa 24 de maio de 2019 às 21:58Professor do Mestrado em Direito compõe Comissão de Assuntos Prisionais da OAB
O professor do PPGD (Programa de Pós-Graduação em Direito), Jackson da Silva Leal, é o mais novo membro da Comissão de Assuntos Prisionais junto à seccional da OAB/SC. Ele foi nomeado também como coordenador da Comissão no Sul do Estado, sendo responsável pelas fiscalizações das instituições prisionais de Imbituba a Araranguá e pelo intercâmbio da seccional com as subseções do Deap/SC (Departamento de Administração Prisional de Santa Catarina).
A nomeação de Leal foi feita pelo presidente da Comissão de Assuntos Prisionais da OAB/SC e aluno do Mestrado em Direito da Unesc, Guilherme da Silva Araújo.
Leal é professor de Criminologia no curso de Direito e no PPGD da Universidade e coordenador do Grupo Andradiano de Criminologia Crítica que integra o Grupo Pensamento Jurídico Critico Latino-americano, atualmente realizando parceria junto ao Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, por meio do Grupo de Estudos Avançados em Economia Política da Pena.
Milena Nandi – Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
Defesa Pública de Dissertação: Sara Araujo Pessoa
O Programa de Pós-Graduação em Direito tem a honra de convidar a comunidade acadêmica para a Defesa Pública de Dissertação abaixo relacionada:
Mestrando (a): Sara Araujo Pessoa
Título: “ESTRUTURA SOCIAL E TRABALHO PRISIONAL: significados possíveis do trabalho prisional no cárcere atual – em estudo de caso na Penitenciária Sul de Criciúma/SC”
Presidente da banca e Orientador (a): Prof. Dr. Prof. Jackson da Silva Leal
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Luiz Antônio Bogo Chies - Membro Externo – UCpel (videoconferência)
Prof. Dr. Marcel Soares de Souza - Membro Externo – UFSC
Prof. Dr. Lucas Machado Fagundes – Membro – PPGD-UNESC
Prof.ª. Dra. Fernanda da Silva Lima – Membro Suplente – PPGD-UNESC
Data: 28 de maio de 2019
Horário: 19h
Local: Bloco “P” sala 17
RESUMO
A presente dissertação é fruto de investigações a nível de Mestrado, iniciadas no segundo semestre de 2018, no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Extremo Sul Catarinense, inserida na linha de pesquisa Direitos humanos e sociedade. Tendo como marco teórico a Criminologia Crítica, o tema principal da pesquisa é o trabalho prisional e intitula-se: Estrutura social e trabalho prisional: significados possíveis do trabalho prisional ao cárcere atual - um estudo de caso na penitenciária sul de Criciúma – SC. Pretendeu-se responder a indagação: Quais as funções que o trabalho prisional assume na atualidade? Tendo como hipóteses iniciais a função de exercício de controle social e introjeção de disciplina, e a função de manutenção e reprodução das estruturas sociais. Nesse sentido, a finalidade desta pesquisa é promover uma reflexão crítica acerca do trabalho instituído no contexto prisional, com ênfase na realidade da Penitenciária Sul de Criciúma, Santa Catarina. Para tanto, por meio de pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa abordaram-se as bases teóricas da criminologia crítica, que localizarão o horizonte crítico da pesquisa e o compromisso ético teórico de desconstrução do Sistema Penal. Em seguida, aprofundaram-se as bases teóricas da economia política da pena, para compreensão dos contextos de surgimento das prisões, bem como a centralidade do trabalho prisional neste processo. Ainda, realizou-se a contextualização da economia política da pena a nível de brasil e iniciou-se provocações sobre seus possíveis novos horizontes na atualidade. Além da análise teórica, trabalhou-se com pesquisa empírica na realização de estudo de caso sobre o trabalho prisional na Penitenciária Sul de Criciúma (SC), com a utilização de entrevistas semi-dirigidas com 14 internos trabalhadores na instituição, 9 trabalhadores da empresa ESAF, e 5 presos regalias. Às entrevistas somaram-se relatos de campo, contendo principalmente conversas com funcionários da instituição, e observação. Ainda, apresentou-se relato de um seminário realizado pela comissão de assuntos prisionais da OAB/SC, subsecção de Criciúma, sobre o trabalho prisional, em que foram ouvidos gerente jurídico do DEAP, Juíza da Execução Penal, Promotor de Justiça, Advogado e presidente de uma empresa com atuação dentro do sistema prisional. Ao final, pôde-se concluir que o trabalho prisional na instituição pesquisada tem como funções latentes a superexploração de mão de obra dos internos e extração de lucro em proveito de empresas privadas, a manutenção do controle sobre os internos e a superexploração desta mão de obra para suprir responsabilidades que deveriam ser da própria instituição prisional.
Palavras-chave: criminologia crítica; economia política da pena; trabalho prisional.
Por: Vanessa Destro Dagostim 24 de maio de 2019 às 09:52
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