Núcleo de Estudos Étnico-raciais, Afro-brasileiros e Indígenas

Educação Inclusiva é tema de encontro na Unesc

Educação Inclusiva é tema de encontro na Unesc
Evento teve a presença do presidente do Conede (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

“O Brasil possui 24 milhões de pessoas com deficiência e que precisam ser incluídas. Mas inclusão não é simplesmente colocar no mercado de trabalho. É inserir no sistema e não tirar mais”. A afirmação é do conselheiro do Conede (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência), Laércio Ventura, que esteve na tarde desta segunda-feira na Unesc para o 1º Encontro de Discussão de Educação Inclusiva.

O evento teve a presença de profissionais da área da Educação do Sul do Estado, professores e alunos da Universidade e lembrou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3/12). O intérprete de Libras Anderson Guollo repassou as falas dos palestrantes por meio da linguagem de sinais.

Segundo Ventura, um dos maiores problemas para a inclusão de pessoas com deficiência ainda é a questão cultural. “Boa parte dos gestores vê o emprego de pessoas com deficiência como um prejuízo e não como investimento. E muitas vezes os próprios funcionários não querem ter um colega de trabalho assim. O desafio é dar meios e oportunidades para que as pessoas com deficiência entrem nas empresas e desenvolvam seu potencial”, comenta.

A segunda palestrante do Encontro foi a pró-reitora de Ensino de Graduação, Robinalva Ferreira, que falou sobre o Programa de Educação Inclusiva da Unesc, lançado em outubro deste ano. Segundo ela, atualmente a Universidade e o Colégio Unesc possuem cerca de 70 pessoas com deficiência física, auditiva, visual ou mental leve e 184 estudantes estrangeiros, que também recebem atenção do Programa. “A Universidade já realizava atividades voltadas para a inclusão de seus alunos, e agora essas ações foram reunidas em um programa, para que o trabalho seja ampliado. Tão importante quanto o acesso das pessoas com deficiência ao Ensino Superior é a sua permanência com sucesso, ou seja, continuar os estudos e aprender”, afirma Robinalva. “Nos preocupamos também em colaborar com a adaptação de alunos que vêm de outros países”, complementa.

O encontro ainda contou com a apresentação dos serviços do CER (Centro Especializado em Reabilitação) da Unesc, pela coordenadora do local, Lisiane Tuon.

A coordenadora do Programa de Educação Inclusiva da Unesc, Yara Jurema Hammen, afirma que o encontro foi a segunda ação envolvendo também o público externo. A primeira ocorreu dia 20 de novembro, com apresentações de música e poesia de alunos angolanos da Universidade e exposição de trabalhos do Colégio Unesc e escolas de Criciúma com o tema “Consciência Negra”.

O Programa de Educação Inclusiva é dividido em quatro núcleos: de Psicopedagogia: Atendimento aos Estudantes com Dificuldades de Aprendizagem; de Atendimento aos Estudantes com Deficiência; de Necessidades Econômicas e de Estudos Étnico-raciais, Afro-brasileiros, Indígenas e de Minorias.

Fonte: Secom

01 de dezembro de 2014 às 18:33
Compartilhar Comente

Deixe um comentário