IV Semana acadêmica debate Plano Diretor Participativo
A Construção da cidade tem que ser mais justa, mais consciente e não ditada pelo mercado imobiliário. O mercado que tem que se adequar à cidade. A reflexão é do engenheiro de Minas e Segurança do Trabalho Ayser Guidi, representante dos delegados do Plano Diretor de Criciúma, durante mesa-redonda da 4ª Semana Acadêmica do Curso de Arquitetura e Urbanismo realizada nessa quarta-feira (12/5).
O debate contou também com a participação da arquiteta Stela Maris Ruppenthal, representante do CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina);dos arquitetos Giuliano Colossi e Tânia Barcelos, representantes da Prefeitura, Altanir Machado, representante do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), e arquiteto e professor da Unesc Éder Porto.
PDP (Plano Diretor Participativo)
Ayser destacou o estudo de impactos de vizinhança, que vem recebendo muitas críticas, mas que é um avanço fundamental do PDP. “As grandes obras na cidade têm que se submeter a uma leitura de impactos que causarão”, lembrou.
“Se hoje a gente sofre com inundações é porque faltou planejamento no passado”, salientou Colossi. Ele lembrou que políticos, técnicos e população têm visões diferentes sobre o plano, mas que o PDP precisa ser algo pensando para o futuro. “É interessante lembrar que desde o início da construção do plano foi procurado envolver toda a sociedade no processo. O PDP não é pensa apenas no zoneamento, mas também no desenvolvimento econômico e social, que precisa estar aliado ao meio ambiente”, observou o arquiteto.
Altanir Machado destacou que o novo plano não deixa claro algumas coisas, como as áreas verdes da cidade, que precisam ser evidenciadas. “Se o plano sofrer alterações, essas precisarão ser revistas, pois senão corremos o risco de aprovar coisas erradas” salientou Machado.
“Há várias incoerências no PDP que precisam ser revistas. Mais isso tem que ser feito em um processo aberto”, ressaltou Stela. A arquiteta destacou que o objetivo do PDP é melhorar as condições das pessoas na cidade. “É só através da participação ativa que construímos a cidadania e podemos contribuir para uma cidade melhor”, complementou a representante do CREA, que também é professora do curso da Unesc.
“É importante ter no PDP uma leitura técnica unida a uma leitura comunitária. Elas se complementam”, ressaltou Porto. O professor comentou que muitas vezes a comunidade quer um campo de futebol e uma praça, mas o que eles realmente precisam é de saneamento básico.
Tânia fez uma breve intervenção lembrando da importância dos acadêmicos de se envolverem e entenderem o PDP. “Trabalhos como o plano envolvem o arquiteto constantemente”, comentou a arquiteta.
12 de maio de 2010 às 19:48
Newsletter
RSS