História

Formação de historiadores: o apreço pelas memórias

Formação de historiadores: o apreço pelas memórias
Curso de História Licenciatura forma profissionais preparados para atuar nos mais diversos meios afim de disseminar e preservar a cultura e a história de toda a humanidade (Foto: Arquivo) Mais imagens

Há 25 anos a Unesc ganhou um grande aliado no cuidado e na valorização das memórias: o curso de História. Com mais de duas décadas de trabalho, inúmeras foram as histórias resgatadas, preservadas, valorizadas e evidenciadas por meio de alunos, professores e egressos. Em um momento da existência humana em que muito se pensa no futuro e pouco se vive o presente, a valorização do passado e a preservação das memórias se tornam ainda mais imprescindíveis. No entanto, engana-se quem pensa que o historiador vive apenas do que já se passou. Pela experiência vivida ao longo dos anos, o coordenador do curso de História da Unesc, Tiago da Silva Coelho, é prova de que a profissão faz cada vez mais parte do dia a dia dos acontecimentos atuais.

Conforme Tiago, sendo conhecedor das principais conjunturas, dos principais cenários e acontecimentos do mundo, o profissional licenciado em história tem participado constantemente de discussões e análises de cenários do que se passa na atualidade. “Ao contrário do que era visto antigamente, quando o profissional era requisitado apenas para ensinar ou falar sobre histórias passadas, hoje o historiador está constantemente entre lideranças e nos meios de comunicação para fazer suas análises de cenários atuais com base no cenário passado”, explica.

Sua ascensão no mercado atual, de acordo com o coordenador, comprova a importância de tal papel na sociedade. “Além disso, é de grande relevância a participação de egressos na preservação do patrimônio regional. Um profissional formado colabora na preservação naquilo que há de material e imaterial, saberes e práticas, para que isso seja conhecido através das gerações”, completa.

Mais do que contar o que já aconteceu, o papel do profissional se torna cada vez mais importante na vivência do presente. “A história não serve para que tenhamos certeza do futuro, mas ela serve para fazer com que a gente possa entender o tempo que a gente vive e de alguma forma tentar projetar o futuro, no sentido de pensar, se preparar, para não cometer erros do passado. Serve principalmente para nos compreendermos neste tempo, cheios de memórias e expectativas”, pontua o coordenador.

Cenários de atuação ampliados

Junto da possibilidade de conhecer a história da humanidade e cada uma das peculiaridades desse cenário, o acadêmico de História leva consigo também a responsabilidade de repassar esses conhecimentos. Ao terminar a graduação, o profissional estará preparado para produzir e participar de trabalhos de documentários em áudio e vídeo, realizar restaurações, atuar em setores de patrimônio, museus, centros históricos entre outras possibilidades.

Entre tantos cenários, conforme Tiago, o principal ainda é a sala de aula. “O foco da nossa licenciatura também é bastante voltado para a formação de professores de história, é claro. No entanto, apesar disso, costumamos dizer que nessa área não há professor que não seja um pesquisador e por isso a pesquisa também é pujante dentro da nossa graduação”, declara.

Entre os fatores que diferenciam o curso, conforme o coordenador, está ainda a preservação do patrimônio da região. “Já fizemos muitos movimentos na preservação por exemplo do Centro Cultural Jorge Zanatta, na antiga igreja Assembleia de Deus, de outros espaços que atuam na defesa do patrimônio e da história. Atualmente temos feito ainda um trabalho muito forte na questão da memória do carvão com aspectos da história da região carbonífera como um todo”, destaca.

A parceria entre acadêmicos e os professores, todos mestres e doutores, vai ainda além do espaço da Universidade. As atividades desenvolvidas no espaço externo agregam ainda mais conhecimento à teoria conhecida em sala de aula. Viagens de estudo, por exemplo, estão também entre as características da graduação. Por meio do curso, já foram realizadas excursões para diversas cidades, outros estados e até países. “Neste ano, por exemplo, iremos para as missões jesuíticas no Rio Grande do Sul, na Argentina e no Paraguai. São experiências fantásticas possibilitadas por meio da graduação”, completa.

Cedoc: grande aliado do curso

Um dos espaços que proporcionam grande aprendizados ao longo do curso de História é o Cedoc (Centro de Memória e Documentação) da Unesc. O espaço armazena incontáveis documentos em diversos formatos, capazes de contar infinitas histórias daquilo que já passou. Seu acervo oferece material para pesquisas que para sempre alimentarão a curiosidade e o interesse pelas mais profundas raízes da região, daqueles que já se foram e, daqui há algum tempo, daquilo que se vive na atualidade, já como passado. Apesar de contar com vasto material histórico, engana-se quem pensa que tudo isso fica intocado. Toda essa riqueza passa por uso de estudantes e pesquisadores dispostos a multiplicar o conhecimento ali guardado.

Criado em 2000, o Cedoc conta atualmente com um Centro de Documentação e Pesquisa, um Laboratório de Conservação e Restauração, um Laboratório de Memória e Patrimônio e um Laboratório de Som e Imagem, tudo disponível ao aprendizado dos graduandos.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

29 de julho de 2019 às 15:04
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