PPGDS - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico

Defesa Pública de Dissertação - GILVANI MAZZUCO JUNG

O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico convida a comunidade acadêmica para a Defesa Pública de Dissertação:

Título: “Trabalho e resistência: a experiência subordinada de avicultores do sul catarinense (1990-2016)”

Mestrando: Gilvani Mazzucco Jung

 

Presidente da banca e orientador: Prof. Dr. João Henrique Zanelatto

Coorientador: Prof. Dr. Dimas de Oliveira Estevam

 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Paulo Pinheiro Machado – Membro Externo (UFSC)

Prof. Dr. Alcides Goularti Filho – Membro (UNESC)

Prof.ª Dr.ª Melissa Watanabe – Membro Suplente (UNESC)

 

Data: 28/02/2018

Horário: 14h

Local: Bloco P, Sala 16

 

RESUMO

Esta dissertação problematiza as relações sociais e de trabalho entre avicultores integrados e frigoríficos na mesorregião do Sul Catarinense (1990-2016). A partir de Thompson (1981), o termo chave é experiência, ou seja, a transformação das relações sociais por intermédio do processo de modernização conservadora da agricultura. A instalação de frigoríficos, granjas de suínos e aves a datar de 1970 no Sul Catarinense é resultado do desdobramento do complexo agroindustrial de suíno/aves catarinense, incentivos estaduais e federais, além da disponibilização, por parte do poder público municipal, de suporte para o desenvolvimento da atividade econômica e outras instituições públicas. Os processos que permitiram a reprodução social dos agricultores na região, como fornecedores de matéria-prima (fumo, aves e suínos), está assentado na subordinação para o capital agroindustrial, que dita a configuração dos estabelecimentos rurais, o ritmo de trabalho, repassa e se apropria dos custos de produção inerentes a organização do trabalho peculiar da produção familiar na agricultura. A unidade produtiva de Forquilhinha, no qual a AgroEliane instalou o projeto de abate de frangos no ano de 1977, a Agrovêneto, de Nova Veneza, instalada em 1997, e a Tramonto, de Morro Grande, instalada em 2006, monopolizaram a produção de aves na região, determinando a relação de trabalho com os estabelecimentos avícolas. No decorrer da construção das plantas indústriais, avicultores se transferiram para os frigoríficos de Nova Veneza e Morro Grande, pois a configuração de três grupos econômicos possibilitou deslocar a condição de subordinação do trabalho. Desse modo, as granjas excluídas da unidade de Forquilhinha por meio das exigências de investimento ou sob condição de fechamento foram reintegradas com a abertura de novas vagas em Nova Veneza, o mesmo acontecendo com a unidade de Morro Grande. Entretanto, a baixa remuneração e as constantes exigências produziram o efeito de engendrar mobilizações coletivas: a primeira nos anos de 2004/2005 e a segunda em 2008, ambas desarticuladas pelo poder do patronato do frigorífico e pela articulação do capital com cargos eletivos nos municípios da região. A terceira mobilização se constituiu na Associação dos Avicultores do Sul Catarinense (AVISUL) articulada a partir de 2013, momento do controle das três unidades produtivas do Sul Catarinense pela JBS. A transnacional JBS chegou na região no ano de 2012-2013, motivada pela expansão de suas atividades no setor de aves e buscando lucros, por isso, a ação truculenta do capital colocava a caminho a estratégia de cortar direitos dos trabalhadores dos frigoríficos e impor a redução dos custos agrícolas, reduzindo renda e excluindo granjas. No transcorrer dos fatos, a JBS não acatou as principais reivindicações da AVISUL, como reajuste de valores, revisão dos desligamentos de avicultores, imposição de mecanismos de remuneração e contratos. Assim, a JBS fechou qualquer espaço de diálogo coletivo por meio do cerceamento do movimento organizado, exercendo pressão e exclusão dos membros da associação do quadro de integrados – e ainda deslegitima a luta dos avicultores até a data da escrita deste trabalho.

 

Palavras-chave: Experiência social. Integração avícola. Associação dos Avicultores do Sul Catarinense (AVISUL).

 

Por: Márcia Da Silva Natal 07 de fevereiro de 2018 às 14:04
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Defesa Pública de Dissertação - GABRIELA RECH SALIB

O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico convida a comunidade acadêmica para a Defesa Pública de Dissertação:

Título: “Trabalho e migração: experiências dos trabalhadores das olarias do município de Sangão – SC”

Mestranda: Gabriela Rech Salib

Presidente da banca e orientador: Prof. Dr. João Henrique Zanelatto

Coorientador: Prof. Dr. Rafael Rodrigo Mueller

 

Banca Examinadora:

Prof.ª Dr.ª Débora Michels Mattos – Membro Externo (IFSC)

Prof.ª Dr.ª Giani Rabelo – Membro (UNESC)

Prof. Dr. Ismael Gonçalves Alves – Membro Suplente (UNESC)

 

Data: 23/02/2018

Horário: 14h

Local: Bloco P, Sala 16

 

RESUMO

O setor cerâmico é considerado um dos principais segmentos pertencentes à construção civil brasileira, com um faturamento médio de dezoito bilhões de reais ao ano. Boa parte da produção encontra-se na região sul do país, sendo que um importante polo cerâmico encontra-se no município catarinense de Sangão.  Nesse município as fábricas de telhas e tijolos, denominadas olarias, mudaram o panorama de sua economia, que deixou de ser essencialmente agrícola e de extração mineral para ser dominada pela produção cerâmica, responsável atualmente por 41% dos empregos locais. Essa dissertação apresenta uma análise sobre as condições de vida e trabalho encontradas tanto pelos trabalhadores locais quanto os que se deslocaram de outros municípios e estados em busca de emprego nas olarias, denominados migrantes. O objetivo desta investigação é revelar as experiências vividas pelos trabalhadores que buscam trabalho nas olarias, explorando as condições de trabalho e sobrevivência por eles vivenciadas, abordando seu cotidiano no parque fabril, suas esperanças e suas frustrações. A abordagem será de cunho qualitativo, tendo sido escolhida a História Oral como metodologia, visto a escassez de registros sobre o tema abordado. Desta forma, nossa pesquisa será realizada levando em conta principalmente o relato direto dos trabalhadores, revelando-se esta a principal fonte da investigação. Optamos pela utilização de duas ferramentas de pesquisa: em um primeiro momento, por meio de uma amostragem de população finita, com o uso de questionários aplicados em 3% da população de trabalhadores de olarias. Aqui, obtiveram-se dados socioeconômicos e um panorama inicial deste público-alvo. A segunda parte da pesquisa consiste em entrevistas desestruturadas com cinco trabalhadores, em atividade atualmente ou não, que nos contarão as experiências vivenciadas no ambiente de trabalho. Os dados coletados serviram para revelar a existência da precariedade nas relações de trabalho, seja pelas duras condições enfrentadas durante a prática das atividades laborais, pelas enfermidades adquiridas, pelos baixos salários e pela exploração por parte dos empregadores, classificando esta população como precariado.

 

Palavras-chave: Precariado; trabalhadores de olaria; relações de trabalho.

 

 

Por: Márcia Da Silva Natal 07 de fevereiro de 2018 às 13:54
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Professores PPGDS realizando pós-doutorado exterior

Professores PPGDS realizando pós-doutorado exterior
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O professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS) prof. Dr. Alcides Goularti Filho viajou na data de 30/11/2017 para Portugal para um período de  8 meses para realizar o pós-doutorado na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. O tema de estudo será o setor naval (marinha mercante e indústria naval) fazendo um compartivo entre Brasil, Portugal e Espanha.

A prof. Dra. Giani Rabelo  irá realizar, no mesmo período, o pós-doutorado no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

PPGDS

 

Por: Adriana Carvalho Pinto Vieira 01 de dezembro de 2017 às 14:23
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Defesa Banca Dissertação - PPGDS

No dia 23//11/2017 aconteceu a defesa pública da dissertação da aluna mestranda - Thaíse Arnold Policarpo - sob título "Políticas públicas e inclusão social no ensino superior comunitário em Santa Catarina: a Universidade do Extremo Sul Catarinense no período desenvolvimentista (2005-2015)” no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS).

Presidente da banca e orientador: Prof. Dr. Alcides Goularti Filho

Coorientador: Prof. Dr. Ismael Gonçalves Alves

Banca Examinadora:

Prof.ª Dr.ª Leonete Luzia Schmidt (UNISUL)

Prof.ª Dr.ª Giani Rabelo (UNESC)

Prof. Dr. João Henrique Zanelatto (Suplente – UNESC)

RESUMO  -  A educação, consagrada fonte de avanço social e econômico, deve ser garantida pelo Estado. Também, é uma ferramenta importante de inclusão social e desenvolvimento humano. A educação superior brasileira, durante muitos anos, foi destinada à alta elite. Com o passar dos anos, houve uma modificação quanto a isso. Porém, a partir a dos anos 2000, por meio de políticas públicas, a educação superior passou a ser mais acessível a grupos sociais de baixa renda, a negros e a pessoas com deficiência. Período em que o governo foi mais desenvolvimentista. A presente pesquisa apresenta um estudo sobre o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Artigo 170 do Governo do Estado de Santa Catarina e a Bolsa da Prefeitura Municipal de Criciúma no espaço de uma universidade comunitária. Esse modelo de instituição contribuiu para o desenvolvimento da educação superior catarinense. A instituição, objeto deste estudo, é a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), oriunda de uma fundação educacional, criada por lei municipal. Este trabalho apresenta análise de dados entre os anos de 2005 a 2015. Marcado por uma pesquisa qualitativa, com método dialético. Percebemos, após a pesquisa, a presença do Estado na Unesc por meio das políticas públicas sociais inclusivas. Concluímos que as políticas de acesso, identificadas pelos programas estudados, ampliaram as oportunidades de determinados grupos sociais e fomentaram o desenvolvimento da universidade. Os governos Federal, Estadual (Santa Catarina) e Municipal (Criciúma), cumpriram suas funções, ampliando as oportunidades de ingresso na educação superior.

Palavras-chave: Educação. Inclusão Social. Políticas Públicas.

Por: Adriana Carvalho Pinto Vieira 01 de dezembro de 2017 às 13:16
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PPGDS ALCANÇA A NOTA 4 NA AVALIAÇÃO DA CAPES

PPGDS ALCANÇA A NOTA 4 NA AVALIAÇÃO DA CAPES
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No dia 20 de setembro de 2017, a CAPES divulgou a avalição dos Programas de Pós-graduação do Brasil, no último quadriênio. O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS) recebeu a nota 4, sendo que os resultados desse processo são expressos na atribuição de uma nota na escala de "1" a "7".
Embora o PPGDS tenha, somente, 3 (três) anos de atividade (2014, 2015 e 2016) e a avaliação quadrienal tenha contemplado os últimos 4 (quatro) anos (2013, 2014, 2015 e 2016) o PPGDS subiu na avaliação. Há de se considerar que o PPGDS é, a partir desta avaliação, o programa de pós-graduação em desenvolvimento socioeconômico com maior nota no País.
A CAPES decidiu pela elevação do conceito por reconhecer o comprometimento dos docentes e discentes com o Programa e a Universidade. A CAPES levou em consideração aspectos como: a) a eficiência do programa na formação de mestres bolsistas (tempo de formação e percentual de bolsistas titulados); b) publicações qualificadas do programa por docente permanente; e, c) produção intelectual, critério no qual o resultado do programa foi avaliado pela CAPES como “Muito Bom”.

Objetivos do Sistema de Avaliação da Pós Graduação:
1. Estabelecer o padrão de qualidade exigido dos cursos de mestrado e de doutorado;
2. Fundamentar os pareceres do Conselho Nacional de Educação sobre autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorado brasileiros - exigência legal para que estes possam expedir diplomas com validade nacional reconhecida pelo MEC;
3. Impulsionar a evolução de todo o Sistema Nacional de Pós Graduação e de cada programa em particular, antepondo-lhes metas e desafios que expressam os avanços da ciência e tecnologia na atualidade e o aumento da competência nacional nesse campo;
4. Contribuir para o aprimoramento de cada programa assegurando-lhe o parecer criterioso de uma comissão de consultores sobre os pontos fracos e fortes de seu projeto e de seu desempenho e uma referência sobre o estágio de desenvolvimento em que se encontra;
5. Contribuir para o aumento da eficiência dos programas no atendimento das necessidades nacionais e regionais de formação de recursos humanos de alto nível;
6. Dotar o país de um eficiente banco de dados sobre a situação e evolução da pós-graduação;
7. Oferecer subsídios para a definição da política de desenvolvimento da pós-graduação e para a fundamentação de decisões sobre as ações de fomento dos órgãos governamentais na pesquisa e pós-graduação.

A Avaliação compreende a realização do acompanhamento anual e da avaliação quadrienal do desempenho de todos os programas e cursos que integram o Sistema Nacional de Pós Graduação. Todos os programas de pós-graduação são avaliados segundo 11 (onze) critérios qualitativos: produção técnica; disciplinas; proposta do programa; produção docente; produção discente; teses e dissertações; outras produções; linhas de pesquisa; produção bibliografia; projetos de pesquisa; e, corpo docente (vínculo e formação). Além disso, são consideradas a composição geral dos programas e o desempenho específico da área.


A coordenação do PPGDS enaltece a importante contribuição dos egressos do programa para essa conquista e salienta a “primeira colocação nacional do Programa dentre os Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico” e sua participação no seleto grupo daqueles que aumentaram seu conceito CAPES na avaliação quadrienal, feito alcançado por apenas 22% (vinte e dois por cento) dos programas na referida avaliação.

Texto por: Igor Martello Olsson
Lais Trajano Alves
Andre Scholl de Almeida
Kelly Gianezini

 

Por: Márcia Da Silva Natal 25 de setembro de 2017 às 10:52
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