Doutora diz que precisamos da ética para continuarmos humanos
“Precisamos da ética para não deixarmos de ser humanos. Se abrirmos mão da ética, voltamos a condição de animalidade. Deus tem que existir para dar o código moral, assim como a cultura, que ajudou a construí-lo.” A afirmação foi feita agora à tarde (20/10) pela professora doutora Teresinha Maria Gonçalves (PPGA) durante a palestra "Ética, por que precisamos dela?", que integra a programação da 1ª. Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc.
Barbárie
Segundo a pesquisadora, não respeitar as normas da sociedade, não respeitar o outro ser humano, é voltar à barbárie. “Onde não se respeita as leis e as normas, o que prevalece é a lei do bárbaro, do mais forte, a violência”, disse. “Quando não respeito, é porque vejo no outro coisas que não quero ver em mim”. Depois de citar exemplos da ética da liberdade, da amizade e do amor, entre outros, a professora afirmou que os fundamentos da ética estão em crise no mundo ocidental. “Deus está ausente. A lei foi dessacralizada. O superego social já se impõe incondicionalmente e, em alguns casos, também está ausente. O sentido da responsabilidade encolheu. O sentido da solidariedade enfraqueceu-se”.
Estética
Otimista, ela acredita que na contramão da sociedade de consumo, está a premência da ética. E, neste sentido, a estética terá um papel fundamental. “A estética, como a outra face da ética, é a possibilidade de humanizar o sujeito, de desenvolver a sensibilidade humana, o belo. Ela cria a necessidade de bens imateriais, condição para se acessar ao comportamento ético. Isso implica compreender os contextos culturais, ter tolerância com o diferente de mim, entender o homem como um ser desejante, o único ser que sonha acordado e é capaz de construir um mundo melhor”.
Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net
20 de outubro de 2010 às 16:001 comentário
Julmara
20 de outubro de 2010 às 19:10Que bom poder constatar que ainda há pessoas que, mesmo tendo estudo, conhecimento e títulos na academia, não se esquecem de Deus.