Edi Balod

PROJETO: O Céu e o Silêncio

CURADORAS: Ana Zavadil e Odete Calderan

ARTISTAS: Adrieli Guidarini Roman, Adriano Biz Mezari, Adriano Angelo Vieira [Vinícius], Airana Da Silva Elias, Alessandra Barbosa Da Rosa, Alice Da Silva Meis, Aline Delavechia Rodrigues, Amanda Nunes De Emerim, Ana Paula Gallas Fernandes, Ana Caroline Moro Campos, Ana Carolini Francisco Bosa, Ana Paula Ferreira Sena, Ane Caroline Bonazza Batista, Andréia Soares Gonçalves, Ariane Regina Antony Alves, Bianca Ricken De Jesus, Bruna Vieira Filomeno, Bruna De Sousa Bonifácio, Camila Rodrigues Venzon De Oliveira Da Silva, Camila Paz Da Cruz, Cibele Luiz Borges Da Silva, Cláudia Guimarães Mormêllo, Chaiane Alexandre Machado, Daiane Cardoso Paes, Danieli Mezari Damin, Débora Bitencourt De Oliveira, Eduardo Pioner Peixoto, Ellen Santos Gomes, Elisabete Agostinho Karp, Fabiany Mattia Da Silva, Farley Eduarda Alves Da Silva De Jesus, Fernanda Serafim Silvestre, Gabriela Recco Beterli, Gislaine Berto Serafim, Gianna Grey Rech, Giodete Fernandes Da Silva Boaroli, Guilherme Borges, Gregory Gean Napp Gobbi, Helen Faustino Macedo, Isadora Ramos Klein, Iolanda Luiza Vitoria Maciel Peres, Jaline Nunes Eufrasio, Jean Ferreira, Jessica Andressa Machado Pereira, Jéssica Gregório Landin, João Luiz Ribeiro Junior, José Roberto Da Silva [Zé Das Artes], Josileyne De Oliveira, Juliana Ribeiro Da Silva, Julio Cesar Gonçalves Soares, Juliano Bueno Barbosa, Jheniffer De Oliveira Pereira, Jhonatan Armindo Mendonça, Kênia Bitencourt Goulart, Kauê Belettini De Souza, Kariane Do Nascimento Pavan Da Silva, Kellen Américo Fernandes, Kianny Colle Von Wangenheim, Lara Biava Sachet, Laura Dos Santos Goulart, Laura May Gonçalves, Larine Nandi Alano, Larissa Rocha Soares, Lucas Borges Da Silva, Luiz Fernando Coutinho De Aguiar, Leisla Costa Pereira, Maicon Marcelino Montovani, Maíra Deyse Ferreira Vefago, Marcos Paulo Da Silva Costa, Marine Spader Daniel, Patricia Da Silva Martins, Paula Caroline Pereira Borges, Rafaela Ribeiro Pereira, Renata Ayani Monteiro, Raquel Homem Teixeira, Rodrigo Martins Medeiros, Roselaine Cardoso Soares Rezende, Silvana Rodrigues Dos Santos, Suelen Guessi Mendes, Sheila De Souza Brigido, Tainara Quadros De Aguiar, Tais Dos Santos Rabelo, Tailan Borges Elias, Tiago Fernandes Laurindo, Thauana Fernandes Perin, Thuany Bittencourt Oenning, Oniela Machado João, Paloma De Souza Marques, Vilcionei De Andrade Macedo, William Fernandes Bombazaro

VISITAÇÃO: 22 de outubro a 16 de novembro de 2016.

NÚMERO DE VISITANTES: 263 (número de assinaturas no livro)

SOBRE A EXPOSIÇÃO: Exposição organizada pelo Curso de Artes Visuais. Coletiva que reuniu professores e ex-professores artistas que fazem parte da história do Curso de Artes Visuais.

TEXTO CURATORIAL:
Esta exposição teve origem no Ateliê de Cerâmica e Escultura Jussara Guimarães (Unesc), em que os alunos-artistas foram instigados à produção de trabalhos articulados em torno da apropriação do corpo e ainda tivesse a cor branca e azul no resultado final. A resposta veio nas mais variadas formas e muitas são as mãos que parecem tocar o céu e se tingirem de azul.
Do ateliê cerâmico ao cubo branco[i] significou um longo processo de criação, em que o barro foi experienciado em sua plenitude, ora se rendendo ao fazer, ora demonstrando sua capacidade de transformação, principalmente quando submetido ao calor do forno.
A ideia de trazer o ateliê para a galeria se evidencia através de seus componentes como as mesas e prateleiras, entretanto, os trabalhos que ficam no ateliê sobre elas são estudos e no cubo branco considerados trabalhos concluídos mesmo que, o caráter seja de arte experimental, pois representam o processo que cada um busca realizar nas disciplinas.
Nos últimos anos os ateliês de artistas passaram a ser investigados com maior intensidade, porém ainda é pouco explorado em exposições. O céu e o silêncio traz esta experiência de ateliê coletivo na galeria.
O artigo Fonction de l’atelier (A Função do Atelier, 1971) de Daniel Buren aponta a discussão da problemática da transferência da obra de arte do ateliê do artista para o espaço expositivo, no caso da galeria. O autor assinala que a obra sofre mudanças relevantes em seu significado, pois passa do lugar de sua criação à exposição e consequentemente ao mercado, alterando o seu contexto e a sua função.
O peso dessa mudança é sentido primeiro pelo artista ao visualizar a sua obra em um espaço público, dentro do qual sofrerá crítica e ganhará autonomia própria exigindo a partir de então o seu lugar no mundo.
Os trabalhos em cerâmica ganham um acompanhante, ou seja, um livro de artista, feito por cada um a partir de seu processo. Esta ação tem a sua importância no que tange à reflexão do aluno e propicia a escrita sobre o seu fazer, imprescindível para o artista contemporâneo.
Postas as questões conceituais da exposição, resta apreciar os trabalhos que possuem uma linguagem visual muito particular a partir das cores e dos objetos e exige do observador a atenção necessária, pois estão em grande número e se irradiam no espaço expositivo.

04 de outubro de 2018 às 14:14
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