Letras

Atividade com o Programa Residência Pedagógica debate o poder das palavras

Atividade com o Programa Residência Pedagógica debate o poder das palavras
Sala especial foi montada para a Feira de Ciências da escola (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

Um local para vivenciar o poder das palavras. Assim foi a sala especial montada por alunos da Escola Antônio Milanez Netto, de Criciúma, e acadêmicos do curso de Letras da Unesc, para a Feira de Ciências da escola. Durante esta quarta-feira (5/6), estudantes de todas as séries puderam visitar a “Sala do Poder das Palavras”, refletir e deixar registrada a sua experiência.

A iniciativa foi realizada pela professora de Língua Portuguesa da escola, Luciléia Darabas Cardoso, com auxilio do Projeto Multidisciplinar Artes, História e Língua Portuguesa do Programa de Residência Pedagógica da Unesc, que, nesta escola, tem as atividades desenvolvidas por sete acadêmicos da quinta fase do curso de Letras, como as alunas Kenia Maria Hahn e Maria Eduarda Pasini da Silva. O trabalho é feito com aproximadamente 130 alunos do sétimo, oitavo e nono ano do Ensino Fundamental e primeiro ano do Ensino Médio da escola, com o tema “Direitos Humanos”. Dentro dele, os assuntos “Direitos Humanos”, “Cultura de Paz e Diversidade Cultural”, “Mulher” e “Étnico-racial” são abordados em encontros semanais.

O primeiro passo da exposição foi dado quando os alunos fizeram uma atividade na casa de um estudante que está afastado por motivos de saúde. No local, eles desenvolveram atividades propostas pela professora Luciléia, que contou com o auxilio dos acadêmicos do Residência Pedagógica, e, depois, construíram a mostra. “Utilizando a neurolinguística, o objetivo é refletir como as palavras têm poder na vida das pessoas. Os alunos fizeram dois biombos para separar as palavras positivas e as negativas. As pessoas vão primeiro ao local das negativas, ouvem alguém falando elas e podem visualizá-las por escrito também. Depois ela repete a experiência com as palavras positivas e, ao final, relata por escrito a sensação que teve em cada espaço”, explica Kênia. A exposição contou ainda com fotografias e poemas sobre a temática dos Direitos Humanos.

A estudante do nono ano do Ensino Fundamental, Wellen Prado, de 16 anos, é uma das participantes das atividades do Residência Pedagógica e afirma que debater Direitos Humanos a fez refletir sobre diversas questões da sociedade. “É um tema atual e as informações abriram os olhos e fizeram os alunos pararem para pensar sobre diversos assuntos. E a gente levou essa reflexão para fora da sala de aula também”, comenta.

Programa colabora com a formação de novos professores


O Projeto Multidisciplinar Artes, História e Língua Portuguesa faz parte do Programa Residência Pedagógica, apoiado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em parceria com a Unesc. O projeto multidisciplinar conta com três professores responsáveis, Ismael Gonçalves, Izabel Duarte e Eloisa da Rosa, e integra um grupo de acadêmicos de três cursos de licenciatura (Artes Visuais, História e Letras).

“A nossa proposta aqui é o desafio de levarmos o debate dos Direitos Humanos para a escola. Após etapa de estudos, observação da realidade escolar e planejamento na Universidade, estamos agora na fase de ações na escola e tem sido surpreendente a receptividade dos adolescentes, do corpo docente da escola e também o envolvimento dos acadêmicos em debater Direitos Humanos por meio de Arte, Literatura e História. As ações proporcionam uma experiência de protagonismo para os residentes que sentem na pele a rotina de ser professor, assim como o encanto de estar em contato com jovens interessados no debate. Uma experiência inovadora em que todos os envolvidos estão aprendendo juntos!”, afirma Eloisa.

A professora Luciléia Darabas Cardoso, da Escola Antônio Milanez Netto, é preceptora do grupo de alunos de Letras e afirma que as reflexões levadas para a sala de aula são coerentes e indispensáveis no contexto atual. “Os acadêmicos vêm provocando um olhar aberto e sensível aos Direitos Humanos. Sem qualquer amarra, trazendo à discussão, por meio da literatura, qualquer possibilidade de direito negado, qualquer tipo de preconceito ou desrespeito. Um trabalho que desperta, sensibiliza, dá voz à discursos empoderados pela informação, pelo aprendizado e construídos a partir do debate e/ou diálogo proporcionado em sala de aula. Gratidão é o que sinto pela oportunidade de vivenciar esses momentos com os estudantes de Letras da Unesc”, ressalta Luciléia.

Segundo Maria Eduarda, a Residência Pedagógica possibilita uma experiência mais ampla na formação profissional, pelo tempo em que os acadêmicos passam no ambiente escolar e pelo contato direto com a professora responsável pela disciplina na escola. “O programa ajuda a quebrar alguns medos que temos em sala de aula, porque conseguimos ter uma experiência além do estágio obrigatório. Estamos mais na escola e, assim, temos sempre acesso aos alunos e aos professores. E isso colabora muito na nossa construção como professor”, considera.

Para Kenia, levar assuntos que fujam do conteúdo das disciplinas para serem debatidos em sala de aula enriquece o aprendizado tanto dos estudantes quanto dos professores em formação. “Para estar aqui na escola, participamos de vários debates com professores. Interagimos constantemente com acadêmicos de outros cursos, o que ajuda a ampliar a nossa visão das possibilidades de ensino da Língua Portuguesa”.


Milena Nandi - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing 

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

06 de junho de 2019 às 12:02
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