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Egresso de Letras tem obra selecionada no concurso literário “A poesia vai de ônibus”

Egresso de Letras tem obra selecionada no concurso literário “A poesia vai de ônibus”
Texto vai ser impresso e distribuído pelos ônibus da linha municipal (Foro: Daniel Búrigo/A Tribuna) Mais imagens

A poesia é uma velha paixão do professor Anderson Jeremias. Ele que é egresso do curso de Letras da Unesc, teve a obra “A Parada” selecionada entre as 50 melhores no concurso literário “A poesia vai de ônibus”, organizado pela ACTU (Associação Criciumense de Transporte Urbano), em parceria com a escritora Cristiane Dias. Os textos vão ser impressos e anexados nos ônibus da linha municipal.

Jeremias conta que sempre gostou de escrever e quando soube do concurso, não perdeu a oportunidade. “Em vários momentos tive vontade de começar, mas esse projeto pessoal nunca ia para o papel. No entanto a antiga paixão reacendeu dentro de mim e resolvi me inscrever”, explica o autor.

Segundo ele o concurso pode ser o passo inicial para continuar escrevendo. “Ao saber que meu poema havia sido um dos selecionados fiquei muito contente. Me motivou a dar continuidade ao projeto. É um estimulo para quem está iniciando e pode contribuir como dispositivo didático para professores aplicarem em escolas”, afirma Jeremias.

O coordenador de Letras da Unesc, Carlos Arcângelo Schlickmann, explica que no curso os estudantes são incentivados a todo o momento a ampliarem a leitura e a escrita. “​O acadêmico de Letras é alguém que gosta de ler e escrever. Por isso muitos desenvolvem o gosto pela escrita poética, como nosso egresso Anderson. É uma grande satisfação saber que ele seguiu por esse caminho e alcançou este objetivo”, destaca.

Conheça a obra:

A Parada

Certo dia, estava sentado em uma parada de ônibus,
Fervilhada de pessoas que ora chegavam e ora partiam.
Enquanto observava silente o frenesi da rua,
Uma senhora de idade avançada se sentou ao meu lado.
Resolvi que iria dar “Bom dia” para aquela total desconhecida,
O que acabou se estendendo para um breve diálogo.
Inicialmente comentamos sobre o calor que fazia,
Depois sobre a violência, a educação, a política, a cultura.
A conversa fluía naturalmente e espontânea,
Ambos contribuindo com um verso e depois outro.
Um ônibus se aproximou e encostou, abrindo as portas.
A senhora, despedindo-se, pegou suas coisas e se dirigiu ao ônibus,
Deixando-as cair no meio do caminho, ainda absorta na conversa. 
Sua rotina havia sido deslocada por um total desconhecido.

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

29 de novembro de 2017 às 16:00
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