Estudantes debatem os 88 anos do PCB no Brasil
Falar dos 88 anos do PCB no Brasil não é falar de livros ou do que passou, mais sim falar do futuro. A afirmação é do professor Rodrigo Lima durante o debate “88 anos do PCB: história e atualidades da luta dos comunistas no Brasil”, realizado na Unesc. O evento foi organizado por estudantes de Direito e História da universidade, que fazem parte da UJC (União da Juventude Comunista). O advogado Leandro Maciel também integrou a mesa de debate.
História e atualidade
“O Brasil e o mundo sofreram mudanças profundas na década de 1980 e 1990, como a queda do mundo de Berlim e a derrota de Lula na disputa presidencial. Uma série de fatores que enfraqueceu os partidos de esquerda”, ressaltou Lima. O professor lembrou que em 1992 houve um grande racha no PCB durante o Congresso Nacional do partido, que quase o exterminou.
“É importante acreditar e sonhar, como também ter a consciência da realidade em que vivemos e os pés no chão. Uma transformação radical da sociedade é necessária e possível, mas não pela via eleitoral, que já se mostrou fracassada”, destacou o debatedor. Lima pontuou que a intenção do partido não é retomar velhas práticas, mas sim criar novas.
Início
“Fundado em 1922, o partido inicialmente reunia anarquistas que não tinham bem nítido o que era o comunismo, mas estavam maravilhados com o que acontecia na antiga URSS”, comentou Maciel. O advogado destacou que só na década de 1930 que o partido começou a ser liderado por operários. Mesmo período em que foi formada a Aliança Nacional Libertadora que tinha mais de 100 mil membros, entre militares de esquerda e comunistas.
“Mesmo quando o partido não era legalizado ele tinha uma forte influência nos trabalhadores”, analisou Maciel. O debatedor lembrou que o PCB protagonizou a campanha “O petróleo é nosso”, que resultou na criação da Petrobras. Durante a ditadura o partido agia dentro do MDB, voltando para legalidade somente em 1985.
Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net
23 de março de 2010 às 21:17
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