Geografia

Acadêmicos de Geografia colocam projetos em prática em saída de campo

Acadêmicos de Geografia colocam projetos em prática em saída de campo
Estudantes visitaram roteiro que passou por localidades de Passo de Torres, em Santa Catarina, e Torres, no Rio Grande do Sul (Fotos: Divulgação) Mais imagens

Os conhecimentos obtidos ao longo de todo o semestre nas aulas de “Oficina Geográfica II” foram combustíveis para atividade realizada longe das salas de aula. Acadêmicos do curso de Geografia, de 2ª e 6ª fase, realizaram saída de campo com destino a Passo de Torres, em Santa Catarina, e Torres, no Rio Grande do Sul, para colocar em prática estratégias de ensino e recursos pedagógicos idealizados pela turma.

Conforme a professora responsável pela disciplina, Yasmine de Moura da Cunha, as atividades propostas pelos próprios acadêmicos incluíram trilhas geográficas, gincana geográfica, feira geográfica e atividade de geografia da percepção. “Com a saída de campo as equipes que propuseram uma trilha geográfica e a geografia da percepção puderam colocar executar o planejado, unindo teoria e prática”, explica.

O roteiro, realizado no mês de novembro, de acordo com Yasmine, incluiu passagem nos molhes do Rio Mampituba, Morro do Farol, em Torres, finalizando no Parque Estadual José Lutzenberger, o Parque da Guarita, em Torres, importante geossítio do Projeto Geoparque Cânions do Sul, com o Morro da Guarita, a Torre Sul, e o Morro das Furnas.

Aprendizados em meio à natureza

Os exercícios de geografia da percepção, conforme a professora, foram realizados já no primeiro ponto de parada, os molhes do Rio Mampituba, onde os estudantes distinguiram a paisagem natural da construída, identificando a degradação ambiental do local, observando o processo de erosão diferencial e as diferenças socioeconômicas dos municípios de Torres e Passo de Torres.

Na trilha realizada no Parque da Guarita, no Morro das Furnas, que fica entre a Praia da Cal e a da Guarita, de acordo com Yasmine, os acadêmicos exercitaram a percepção dos aspectos naturais da paisagem, como a geologia e geomorfologia. “Isso porque as torres rochosas que compõem o litoral de Torres são morros testemunhos caracterizados por feições resultantes de interações vulcano-sedimentar. Elas comprovam um evento vulcânico ocorrido antes da separação dos continentes africano e sul-americano e formação do oceano Atlântico, quando esta área consistia em um ambiente desértico, ainda unida ao planalto de Etendeka, situado na Namíbia, país do oeste africano”, explica a professora.

Os acadêmicos ao longo da trilha puderam ainda observar o basalto da Formação Serra Geral, que de acordo com Yasmine, é intensamente fraturado, com formação de furnas propiciadas pelas fraturas de rápido resfriamento da lava que originou esta rocha e pela ação erosiva das ondas e marés, como Furna Grande, Furna do Diamante e Furna de Fora, entre outras. “A atividade motivou os acadêmicos a irem além, pois observaram durante a trilha o desrespeito com a natureza e com os bens públicos, como: lixo deixado pelos usuários apesar das inúmeras placas de aviso fixadas em todo o percurso; a depredação do patrimônio e a exposição dos visitantes ao risco de queda, apesar dos alertas”, completa.

O encerramento das visitas se deu na Gruta Nossa Senhora de Lourdes, no município de Dom Pedro de Alcântara (RS), de colonização alemã. “A gruta foi escavada em rocha arenítica da Formação Botucatu, formada a partir de dunas de um imenso deserto e constituiu-se em mais um exemplo de geografia e espaço sagrado visitado”, acrescenta a professora.

Mayara Cardoso - Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

18 de novembro de 2021 às 20:05
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