Centro Especializado em Reabilitação - CER II

CER Unesc promove primeiro “Café com Muitas Ideias”

CER Unesc promove primeiro “Café com Muitas Ideias”
Ação recebeu a jovem Camila Rosalino para dividir experiências sobre a inserção das pessoas com deficiência no mundo do trabalho (Fotos: Mayara Cardoso) Mais imagens

O CER (Centro Especializado em Reabilitação) da Unesc promoveu nesta terça-feira (02/04) a primeira edição de uma ação que será realizada quinzenalmente na instituição, o Café com Muitas Ideias. O objetivo da ação é promover rodas de conversa sobre assuntos diferenciados que venham a contribuir com o trabalho no Centro. Nesta primeira edição o Café recebeu a jovem Camila Rosalino, de 26 anos, auxiliar de RH e acadêmica do curso de Psicologia da Unesc, para tratar sobre o tema “A inserção das pessoas com deficiência no mundo do trabalho”. Além da equipe do CER, o evento contou com a presença da turma de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva.

Camila é portadora de uma doença genética, metabólica hereditária e rara chamada Mucopolissacaridose (MPS), que entre suas características apresenta a baixa estatura de seus portadores. Com dificuldades de locomoção, além de dores e desconfortos também oriundos da doença, a jovem enfrentou dificuldades para terminar seus estudos até o Ensino Médio e ainda mais para entrar no mercado de trabalho. Apesar dos constantes desafios, Camila atualmente exerce função na área que gosta e está indo além ao cursar a primeira fase do curso de Psicologia.

Conforme ela, a principal mensagem a deixar sobre o assunto é a de que as empresas precisam estar mais dispostas a, de fato, abrirem suas portas para as pessoas com deficiência. “Passei por outras experiências que me mostraram que não adianta a empresa querer nos contratar apenas para cumprir a lei e não ser multada, se não estiver realmente engajada e nos dar condições de trabalho. Precisamos de uma atenção um pouco especial para que possamos desempenhar bem o trabalho, mas somos muito capazes”, afirmou.

As portas que se abriram no atual emprego, local onde trabalha há três anos e nove meses, de acordo com Camila, significaram muito mais do que uma ocupação ou até uma renda. “Foi por causa da oportunidade que tive, da forma como fui recebida, que criei ânimo e me encorajei a entrar na faculdade. Mudou simplesmente tudo na minha vida e certamente meu futuro. Passei a ver que sou capaz de muito mais, basta ter a oportunidade e a atenção necessária”, completou.

Ao ouvir os relatos de Camila, a coordenadora adjunta do CER, Tatiani Macarini, destacou aos alunos da Residência a importância de, no dia a dia, o profissional ter atenção às diferenças. “Vocês já estudaram sobre algumas diretrizes do SUS e sabem muito do que direciona o trabalho, mas aqui temos um exemplo do que é na prática o que chamamos de equidade. Não é oferecer vantagens, mas oferecer as condições para que aquela pessoa tenha oportunidades iguais”, comentou.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

02 de abril de 2019 às 21:42
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