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Setor de Arqueologia participa de missão internacional

Setor de Arqueologia participa de missão internacional
Escavações ocorrem em Águas de Chapecó (Fotos: Divulgação) Mais imagens

O Setor de Arqueologia da Unesc participa de uma missão internacional organizada pelo Departamento de Pré-História do Museu Nacional de História Natural da França. Durante um mês – 22 de julho a 22 de agosto – arqueólogos da Universidade participam de escavações em Águas de Chapecó, no Oeste catarinense, junto de uma equipe formada por profissionais do Museu da França e arqueólogos e estudantes das instituições brasileiras Unesc, UnoChapecó e universidades federais de Santa Catarina, de Sergipe e do Vale do São Francisco; da Universidade de Ferrara, na Itália e da Universidade de Paris 1 – Sorbonne, na França.

A equipe é coordenada pelos professores doutores do Departamento de Pré-História do Museu de História Natural da França, Antoine Lourdeau e Mirian Carbonera. Da Unesc, integram a equipe da missão franco-brasileira o coordenador do Setor de Arqueologia Juliano Bittencourt Campos, o professor Marcos César Santos e os técnicos em Arqueologia Diego Pavei, Alan de Souza e Alexandre da Silva. A missão faz parte de um projeto que teve início em 2013 e conta com apoio financeiro do Ministério das Relações Exteriores da França. Ele é executado pelo Museu de História Natural da França, em parceria com instituições de ensino superior como a Unesc.

Segundo Santos, as pesquisas fazem parte de um projeto que busca investigar a trajetória das primeiras ocupações do alto e médio vale do Rio Uruguai. “A região de Águas de Chapecó é conhecida pelos achados arqueológicos desde a época de construção da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó, entre o município catarinense e o de Alpestre (RS), iniciada em 2006, com a instalação do canteiro de obras. A construção da usina proporcionou estudos prévios e o levantamento de dados que motivaram essa nova etapa da pesquisa”, explica o professor da Unesc.

Lourdeau comenta que as escavações na área já revelaram dois períodos da pré-história distintos. Segundo o coordenador do projeto, os resultados demonstraram uma ocupação com grupos nômades de caçadores-coletores que viveram entre 11 a 9 mil anos atrás, e dominavam uma tecnologia de lascamento da pedra único na Pré-História brasileira, com produção de instrumentos refinados, como pontas de projéteis.

Outra ocupação mais recente de acordo com Lourdeau, está associada a grupos Guarani, por volta de 500 anos atrás, que dominavam bem os trabalhos de olaria na produção de vasilhames cerâmicos de diversas formas e funções. As escavações também evidenciaram que no período, agricultores viviam em grandes aldeias com complexa organização social.

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

04 de agosto de 2016 às 19:51
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