Projeto Rondon - Lição de vida e cidadania

Ensinando e aprendendo no Norte

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Foi uma terça-feira e tanto. Pela manhã, 60 participantes nas palestras. À tarde, mais 64 pessoas. No final da tarde, a já característica caminhada contou com 68 participantes. À noite foram mais duas oficinas. Uma realizada pela acadêmica Eloina, da Enfermagem, que abordou HPV para 19 mulheres; a outra, pelo acadêmico de Direito, Raí, que realizou uma oficina sobre direito da família para 30 pessoas.

Seu Francisco

Agricultor de 82 anos. Viúvo em duas oportunidades. Está no seu terceiro casamento, dessa vez com uma senhora de 44 anos. Se faz presente em todas as oportunidades. Virou freguês. Vai, inclusive, às caminhadas. Faz exercícios de aquecimento e alongamento. E com a força de seus pulmões acompanha o grito oficial dos rondonistas: SELVA. Até hoje não conseguiu se aposentar. Segundo ele, a informação que lhe passaram é que está velho demais para requerer tal benefício à Previdência Social. O Raí está cuidando disso.

Jamerson

Professor de matemática do maior Colégio Municipal: Santo Antônio da Cachoeira. É pedagogo. Como na cidade há somente uma pessoa formada em matemática, ele teve que assumir essa disciplina para atender à demanda local. Interessado e estudioso, está inscrito na Plataforma Freire para em 2011 iniciar os estudos de matemática. À noite participou da oficina organizada pelo Raí. Na outra sala sua esposa estava presente à palestra da Eloina. Segundo ele, foi muito bom conhecer as diferenças entre expressões do direito como ‘tutela’, ‘curatela’ e ‘separação remédio’.

Assentamento

O Prof. Murialdo aproveitou parte do dia para conhecer o maior dos quatro assentamentos de Itaguatatins. É o Assentamento Reis. Nele, vivem 12 pessoas numa área de 5,4 mil hectares. Era uma área improdutiva. O antigo proprietário pretendia transformá-la num complexo clandestino de carvoeiras para produção de carvão vegetal, haja vista a exuberância da mata local. Hoje se planta principalmente arroz e milho. Todavia, é do leite que vem o maior sustento das famílias. O litro é vendido a R$ 0,55 para um frigorífico próximo. Os moradores assentados já estão pensando num frigorífico próprio na forma de associativismo para eles mesmos beneficiarem o leite que recolhem de seus animais.

Apelidos

Ajudam a conhecer melhor a região. Evidente que há os comuns, também presentes no sul. Por exemplo: 0800, Barba Azul, Cabeção, Chico Mentira etc... Mas outros representam a síntese do folclore, fauna e flora locais, com suas características próprias. Por exemplo: Cabeça de pimenta-do-reino, Boca de Maraca, Cacuri, Cacuri Júnior, Pé de rebolo etc...E assim se vai conhecendo a região também de forma lúdica.

21 de janeiro de 2011 às 16:05
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